por Edina Araújo*
Palavras são jogadas ao vento. Ações ficam para sempre. No fantasioso mundo das redes sociais, tudo é possível, como se fosse um espelho que refletisse o contrário da realidade. Pessoas que se sentem fora dos padrões de beleza abusam dos filtros e se tornam fisicamente lindas e aceitáveis. Pessoas más se passam por boas, mostram-se generosas, fazem campanhas de cestas básicas, entregam cobertores, abraçam idosos, crianças, pobres, e dizem defender os animais.
Os incautos seguidores, ao ver a rotina mostrada por pessoas assim, despejam likes a cada postagem e imaginam participar ativamente da vida real de alguém nobre de espírito. Em muitos casos até chegam a pensar e até comentar: “esta pessoa certamente já tem seu lugar garantido no céu.” Não se engane, déspotas também usam as redes sociais para atrairem seguidores.
Porém, é muito importante estar atento e não se deixar enganar. Em muitos casos, a imagem de bom moço (ou boa moça) é produzida somente para convencer o público sobre algo que definitivamente não existe por trás da tela do celular. Tem gente capaz de postar foto com o terço na mão, enquanto pratica terríveis atos de crueldade contra seu próximo.
Infelizmente, aí está um dos lados ruins das redes sociais: elas permitem que as víboras se apresentem na pele de cordeiro, que déspotas mostrem ações de caridade e não apenas isso. Que elas ganhem o alcance, a empatia, o engajamento e até mesmo o apoio do público. E com isso seguem, abusando da maldade e da falta de caráter na vida real. Embora a maioria do enganados não tenha o alcance da verdade nua e crua, Deus conhece a intimidade dessas pessoas, sua verdadeira face e também suas vítimas.
São perseguidoras, que não suportam ser contrariadas e se alimentam do ódio, da perversidade e do poder que possuem, mesmo que temporariamente. Essas pessoas se esquecem que, aos olhos de Deus, nada passa e nada fica impune. Existe a Lei do Retorno, Lei Natural da Vida. Ninguém planta espinhos e colhe flores. Só colhemos o que verdadeiramente plantamos.
O que nos consola, quando nos sentimos injustiçados pelos pseudo bondosos das redes sociais, é sabermos que um dia elas terão que prestar contas, e que quando morrerem, não levarão o poder que pensam ter, e nem o dinheiro que têm. Serão enterradas, como qualquer outra pessoa. Ou no máximo, cremadas, e as cinzas jogadas ao vento, assim como suas palavras falsas e atitudes mentirosas.
Os bons levarão em sua bagagem para a espiritualidade, de tudo de o que fizeram ao próximo. Os que perseguiram e prejudicaram pessoas injustamente, esses irão se encontrar com seus algozes, e a cobrança será inevitável, sem poder, sem dinheiro e sem likes.
*Edina Araújo, jornalista e diretora do VG Noticias
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