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Artigos Quarta-feira, 31 de Maio de 2017, 13:54 - A | A

Quarta-feira, 31 de Maio de 2017, 13h:54 - A | A

opinião

Crise Dilma e empregos técnicos

                                                                                                                                                                    por Hélcio Corrêa Gomes *

A maioria da juventude brasileira aprendeu ter ideia sobre ideia. Depois mais ideia sem fim. Espasmo cerebral, que reúne, segundo ela acha, o melhor dos tempos, mas é o pior do seu próprio tempo. Nas redes sociais deseja mudar de maneira radical o mundo. Algo tedioso, que patrocina desânimo duradouro. Ao nada concretizar afugenta o prosperar. Nada vem por magia, mas apenas no concretizar de metas e objetivo com dificuldades transpostas.

Na América Latina se tem 40% dos jovens inertes e com dificuldades, que mais dia ou menos dia, restam no trabalho informal de pouca renda ou desempregados - sem nunca ter trabalhado no mercado formal. Informação da Agência EFE em 2017. No final, o labor dito provisório, se torna permanente, por incapacidade bruta de incorporar ao mercado com melhor ganho.

A ideia nacional de fazer o que se gosta e não o que se precisa quase sempre termina num retumbante fracasso e desolador. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o maior desafio regional dos jovens está em sair da própria apatia ou traçar aproveitamento de estudo e capacitar tecnicamente. Hoje já são 163 milhões de adolescentes, entre 15 e 29 anos, na América Latina, que se negam a à inserção social por trabalhos tecnológicos.

No Brasil tal oportunidade deve ser construída no individual, pois o curriculum escolar está invertido ideologicamente, onde se ensina a criticar antes do saber e fazer. Antecipação do raciocínio crítico/reflexivo, que acaba inevitavelmente em petulância ou arrogância juvenil. E os dias difíceis eternizam. Aqui se o governo tivesse plano educacional voltado à matemática, física e língua portuguesa com extensão aprimorada na inglesa, se poderia retirar enormes quantias de jovens da desesperança e até crescer entre 2% e 4% no Produto Interno Bruto. Tal como de muito já faz Portugal.

A crise Dilma trouxe arrocho e também preocupação de interromper ociosidade na família - antes tolerada. O emprego de todos se tornou necessidade básica. O cenário vai se abrandando, segundo pesquisa/2017, realizada a pedido de Confederação Nacional da Indústria pelo IBOPE, que indica 70% dos formados em cursos técnicos já conseguindo empregos formais a partir da conclusão dos cursos. Emprego e qualificação técnica intimamente interligados.

A última pesquisa IBGE/Pnad traz taxa de ocupação na população em idade de trabalhar na ordem de 53,4%, o que representa uma retomada de + 0,7 frente ao trimestre anterior com retração de - 1,8 pontos percentuais. Ainda, são 64,6 milhões de pessoas nas informalidades e desempregos, mas os dados apontam estabilidade na crise.

A empregabilidade vai retornando lentamente, mas tão somente com fator de aperfeiçoamento técnico tal como ocorre na eletrotécnica de operação de sistemas elétricos, que tem ranqueia índice de empregabilidade nacional. E depois na atividade técnica no agronegócio.

Aqui o jovem que não desejar sofrer penúrias não deve esperar por políticas sociais públicas, mas fazer a própria saída da crise Dilma, que para juventude é mais pontiaguda ou igual ao granizo, que perde na dureza somente ao diamante. Deve alfabetizar por conta pessoal em matemática. Aprender melhor a língua portuguesa e inglesa. Depois se tornar tecnólogo de ponta. Eis uma das boas receitas ao que pretende vencer na vida.

* Hélcio Corrêa Gomes é advogado

Brasil unido pelo Rio Grande do Sul

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