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Artigos Quarta-feira, 26 de Outubro de 2016, 14:00 - A | A

Quarta-feira, 26 de Outubro de 2016, 14h:00 - A | A

opinião

Baixaria ou democracia?

                                                                                                                                                         por João Edisom*

As pessoas gostam do ideal de liberdade de expressão até o momento em que começam a ouvir aquilo que não gostariam que dissessem a respeito delas. Neste momento começa o “mimimi” de quem tem raiva da democracia ou nem sabe o significado dela.

A eleição para a prefeitura de Cuiabá está fantástica. No dia 30 de outubro de 2016 nenhum eleitor poderá dizer que está sendo enganado ou que alguém deixou de questionar o oponente como se deveria. As propostas para gestar a cidade estão nos planos de governo registrados, publicitados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e foram amplamente explorados e expostos nos programas eleitorais gratuitos de rádios e tevês.

Os debates? Ora, os debates em um país democrático são para um candidato explorar os pontos fracos do outro e ver se ele tem nervos e capacidade para fazer frente às demandas daquilo que pretende governar. No caso da cidade de Cuiabá isso ocorreu em pelo menos dois momentos, méritos do Grupo Gazeta, que sem gesso contribuiu muito com o aprendizado democrático.

É assim nas democracias consolidadas no mundo todo.

Precisamos saber quem está com quem. Quem vai subir o púlpito junto com o eleito para governar. Ninguém governa sozinho. A gestão é feita em grupo. Quem ajuda ganhar também ajuda a governar. No caso de Cuiabá o prefeito indica mais de uma centena de pessoas. Então os amigos da campanha contam sim e tem que entrar no debate, tem que ser questionado.

Os termos (rótulos) “baixaria”, “todo político é igual”, “todos farinha do mesmo saco” e “temos que anular, abster ou votar em branco” são conversa fiada de quem não estuda e nem quer entender o que é um processo democrático. Preciso saber tudo sobre quem vou votar para governar quatro anos.

Cuiabá premiou seu eleitorado com pelo menos cinco candidatos completamente diferentes um do outro, com propostas diferentes uma das outras. Todas as posições estavam representadas no primeiro turno. Mais que isso é pedir para um ET vir ser candidato aqui.

No segundo turno estão os dois candidatos que além de tornarem pública suas propostas de gestão para o município a defenderam em seus programas eleitorais. Quem assistiu sabe disso, como deve ser na democracia.

Os debates de rádio ou TV descarnaram e exploraram não só o oponente como o grupo um do outro. Qualidades e defeitos postos a mesa, inclusive as suspeitas que devem ser investigadas com critério pela justiça para ninguém dizer depois que foram enganados e não sabiam em quem estavam votando.

Pena que Emanuel não foi a todos os debates. Deveria ter concedido a todas as emissoras o mesmo privilégio, único ponto falho.

É verdade que a justiça eleitoral (juízes e membros do Ministério Público, nem todos) mais atrapalhou que ajudou no processo didático para a aprendizagem do que é uma eleição dentro de um país democrático. Mas calma, o Judiciário também é feito de pessoas. Todos nós ainda estamos aprendendo a conviver e viver na democracia.

Em resumo, uma eleição democrática é isso: sem “mimimi”, candidatos com vidas expostas, parentes, amigos e correligionários escarnados durante a campanha para que ninguém se sinta enganado depois de votar. Emanuel e Wilson, ao contrário do muitos pensam, cumpriram seus papéis.

Ambos os candidatos com um marketing fantástico, mesmo na crise, explorando tudo que poderiam explorar. Profissionais qualificados, programas de rádio e de tevês extraordinários. O que tinha que ser feito foi feito nesta eleição que entrará para a história. Agora é com o eleitor.

Quem acompanhou tudo, quem prestou atenção, entende o que estou falando. Quem escolher um dos dois com consciência é porque entendeu o que é democracia.

O resultado final é consequência. Pena que a campanha não tem pelo menos mais sessenta dias para que desse tempo para as denúncias serem todas investigadas. Assim, tanto o eleitor quanto o eleito teriam mais legitimidade e tranquilidade em suas escolhas e na gestão.

Viva a democracia! Esse viva é de viver, pois ela é para ser vivida. Ser respeitada a vontade da maioria e sem medo de ser minoria.

Pois democracia é o direito de se expressar sempre, de se manifestar quando tiver vontade. Ver suas ideias vitoriosas nem sempre. Meu amigo, quem manda é a vontade da maioria. Sendo assim, baixaria é empurrar as verdades para debaixo do tapete, o que ouve ate agora é democracia.

João Edisom de Souza é analista político e professor universitário em Mato Grosso

Brasil unido pelo Rio Grande do Sul

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