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Artigos Segunda-feira, 14 de Abril de 2025, 15:56 - A | A

Segunda-feira, 14 de Abril de 2025, 15h:56 - A | A

Mariana Ramos*

Câncer de Tireoide: quando o diagnóstico precoce muda tudo

por Mariana Ramos*

O câncer de tireoide é um daqueles diagnósticos que, à primeira vista, gera apreensão. Afinal, trata-se de um tumor que atinge uma glândula essencial para o funcionamento do nosso corpo. Mas a boa notícia é que, quando descoberto precocemente, tem grandes chances de cura e costuma evoluir de forma lenta e controlada.

A tireoide é uma pequena glândula em formato de borboleta, localizada na parte anterior do pescoço. Ela produz hormônios fundamentais para regular o metabolismo, a temperatura corporal e até o ritmo do coração. Alterações nessa glândula são relativamente comuns, como os nódulos tireoidianos, que surgem em muitas pessoas ao longo da vida e, na maioria dos casos, são benignos.

O desafio é que o câncer de tireoide pode ser silencioso, especialmente no início. Muitas vezes, o paciente não sente absolutamente nada e só descobre a presença de um nódulo durante um exame de imagem solicitado por outro motivo. Em algumas situações, podem surgir sinais como rouquidão persistente, sensação de caroço no pescoço, dificuldade para engolir ou respirar. Mesmo assim, esses sintomas nem sempre indicam malignidade — o que reforça a importância de uma avaliação especializada.

Alguns fatores aumentam o risco, como histórico familiar da doença, exposição à radiação na infância e o próprio sexo feminino, já que as mulheres são mais acometidas pelos nódulos, porém nos homens há maior probabilidade de se transformarem em câncer . Mas, o cuidado deve ser o mesmo: observar o corpo e não adiar a ida ao endocrinologista diante de qualquer alteração.

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. A ultrassonografia da tireoide é um dos principais aliados nesse processo. Quando há necessidade, é indicada a punção por agulha fina, exame minimamente invasivo que analisa as células do nódulo e ajuda a definir a conduta médica.

O tratamento depende do tipo e da extensão da doença. Em muitos casos, é necessária cirurgia para remoção total ou parcial da glândula, podendo ser seguida por terapia com iodo radioativo. O uso contínuo de hormônio tireoidiano costuma fazer parte da rotina dos pacientes após a cirurgia, garantindo o equilíbrio do organismo.

Mais do que tratar, o grande diferencial está na prevenção e no diagnóstico precoce. Quanto antes o câncer de tireoide for identificado, maiores são as chances de um tratamento simples, com resultados positivos e mínima interferência na qualidade de vida.

Por isso, reforço: cuide-se. Observe seu corpo, faça seus exames, mantenha o acompanhamento com seu médico e não subestime pequenos sinais. A tireoide é pequena, mas o impacto dela na nossa saúde é imenso. E quando a informação chega antes, o medo diminui e a vida segue com mais leveza, segurança e saúde.

*Dra. Mariana Ramos é médica endocrinologista na Fetal Care, em Cuiabá (MT).

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