por Williamon da Silva Costa*
O prazo de 100 dias pedido pela Prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, para ajustar a gestão municipal, está quase acabando e o que se vê pelas ruas do município não é exatamente um sinal positivo de mudança.
Pelo contrário, vivemos um caos instalado: buracos enormes nas ruas, lixo acumulado sem coleta regular, uma guerra insana por água em todos os bairros, misteriosos ataques criminosos ao DAE e as suas instalações, caos na saúde municipal, uma cruzada armada entre a Prefeita e a Câmara de Vereadores, brigas legais para exonerar parentes e amigos da Prefeita sem qualificação, baixas e escândalos em seu secretariado.
A lista de desserviço da Prefeita em Várzea Grande é longa e poderíamos ficar horas listando irregularidades e desmandos.
O fato é que a “desculpa” de que a culpa é da família Campos ou do ex-prefeito Kalil Baracat já não funciona mais. Afinal, a Prefeita já teve tempo suficiente (aproximadamente 70 dias) para mostrar a que veio e colocar “ordem” no município.
Ao invés disso, ela tem trabalhado apenas para seus interesses pessoais que já ficaram escancarados para a população, cito como exemplo disso, as suas famosas pirraças e picuinhas políticas nos mais variados assuntos, especialmente contra seu próprio vice Tião da Zaeli.
Apesar da lista de problemas em Várzea Grande já ser gigantesca, hoje quero falar especificamente das imensas crateras que têm deixado as ruas do município intransitáveis, especialmente nos bairros periféricos.
Por exemplo, no bairro Parque Paiaguás, existem várias ruas que não é mais possível passar de carro por causa da profundidade dos buracos, que estão crescendo rapidamente agora no período de chuvas. Esse problema é causado pela falta de manutenção das vias aliada à falta de bueiros nas ruas do bairro.
Mas as ruas esburacadas e sem bueiros não são exclusividade do bairro Parque Paiaguás, elas também têm sido registradas em diversos outros bairros de Várzea Grande, como Jardim Ouro Verde, Alameda Júlio Muller, Manga, Mapim, Carrapicho, Jardim Icaray, Terra Nova, Construmat, Joaquim Curvo, Parque do Lago, Santa Bárbara, Cristo Rei e até em bairros mais centrais.
Mas o problema é que os buracos não vêm sozinhos, eles chegam com um combo: “buracos + alagamentos + veículos danificados + bueiros entupidos + dificuldade de mobilidade urbana + insatisfação da população + risco de acidentes + aumento da incidência de assaltos em áreas onde o trânsito fica lento + transtornos variados”.
Já é de senso comum que as chuvas danificam o asfalto, pois promovem a infiltração de água nas fissuras e rachaduras já presentes no asfalto. Com o tempo, essa água penetra no pavimento, comprometendo sua estabilidade e resistência, surgindo os buracos. Outros fatores que também prejudicam a estrutura do pavimento asfáltico é a falta de rede de drenagem pluvial e falta de manutenção das vias.
Então porque as Prefeituras não se preparam para o período de chuvas? Todos os Prefeitos brasileiros estão carecas de saber que o Brasil é um Pais tropical que passa anualmente por uma intensa estação de chuvas e não adotam medidas eficazes para a resolução desse problema histórico.
O nome disso é falta de planejamento estratégico aliado à falta de saneamento básico nas cidades, que possuem uma cobertura de esgotamento pluvial muito baixa.
No caso de Várzea Grande, segundo o SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) apenas 10,8% das vias públicas do município possuem redes ou canais pluviais para drenagem das águas superficiais. Isso significa que cerca de 90% das ruas da cidade sofrem com infiltração e, consequentemente, estão mais sujeitas a ter buracos.
Todos sabem que esse problema é antigo, mas o tratamento dado a ele nessa gestão é novo.
A Prefeita não tem atendido nem as regiões onde moram seus apoiadores de campanha, cito como exemplo disso, o bairro Carrapicho onde reside seu apoiador, o Pastor Junior Carrapicho, que tem feito vídeos de protesto nas redes sociais reclamando do descaso da Flávia que o tem ignorado após ser eleita e sequer tem acolhido pedidos de ações emergenciais. Enquanto isso, Junior Carrapicho e o Povo do seu bairro está se afogando em lama e a Prefeita dorme aconchegantemente em seus lençóis “verdes e amarelos”. Mas o descaso da Prefeita não é só com esse apoiador, muitos vereadores, presidentes de bairro, líderes comunitários e munícipes se quer têm sido recebidos nos gabinetes da Prefeita e do seu Secretariado para recebimento de demandas.
E o que se vê pela cidade é uma inercia total, serviços públicos que eram realizados com regularidade e deixaram de existir pela incompetência de Moretti e sua equipe. Essa situação passou a gerar ansiedade e sofrimento na população que passou a clamar pelo “Volta Kallil” ou “Volta Lucimar Campos”, como já foi visto pela cidade e nas redes sociais.
Enquanto isso, Flávia pedala “apenas pelas ruas de regiões nobres” da cidade fazendo vídeos para as redes sociais e brincando de digital influencer as custas do povo.
Será que ela não tem coragem de ir pedalar nesses bairros?
Acho que se ela tentar nem conseguirá chegar até lá, pois sua bicicleta caríssima ficará sem rodas pelo caminho!
É só por tudo isso que digo que existem quase 100 dias de desserviço em Várzea Grande!
*Williamon da Silva Costa, acadêmico de direito
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