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VGNJUR Quarta-feira, 06 de Novembro de 2019, 14:21 - A | A

Quarta-feira, 06 de Novembro de 2019, 14h:21 - A | A

GRAMPOLÂNDIA

"Taques possivelmente ainda seria governador se esquema estivesse funcionando", diz promotor

Lucione Nazareth/VG Notícias

VG NOTÍCIAS

Militares audiência

 

Os coronéis da Polícia Militar Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros, o tenente-coronel Januário Batista e o cabo Gerson Correa Júnior começam a ser julgados neste momento pela 11ª Vara Criminal Especializada Justiça Militar, em Curará.

O julgamento deve seguir nos dois dias seguintes, quinta-feira (7) e sexta-feira (8). Eles são acusados de participar de um esquema que grampeou centenas de pessoas em Mato Grosso, entre elas políticos e jornalistas.

Atualizado às 18h44 - defesa afirma que Januário foi preso injustamente desde a matéria publicada no Fantástico,  e que a honra dele e sua imagem perante a sociedade e a Polícia Militar foi manchada. 

Tenaressa disse que única coisa que o militar fez foi apresentar Dorileo para o coronel Zaqueu Barbosa,  mas por meio de ofício.

"Eu peço absolvição do meu cliente não porque não existe provas como dito pelo Ministério Público,  mas sim porque não ocorreu crime. O coronel Zaqueu,  que é um superior,  pediu para apresentar um militar que tinha conhecimento de informática,  e Januário apresentou Dorileo via ofício.  Tudo foi publicizado no Boletim da Polícia Militar.  Então não teve crime, por isso peço absolvição do meu cliente", declarou a advogada.

Atualizado às 18h16 - Após um acordo entre os advogados dos réus,  a primeira a fazer a sustentação oral é a advogada Tenaressa Aparecida, que representa o tenente Januário.  No acordo ficou decidido que após a apresentação de suas alegações, o julgamento será encerrado e retomado nesta quinta-feira (07.11) por volta das 08 horas da manhã. 

Atualizado às 16h58 - Ao final, Allan disse que espera uma pena justa aos réus confessos. "Isso foi uma coisa assombrosa. Agora eu espero que o ex-governador Pedro Taques e o ex-secretário Paulo Taques também sejam responsabilizados pelo esquema de grampo".

Atualizado às 16h50 - O promotor disse que na sua concepção, o coronel Ronelson Barros participou do esquema dos grampos. "Mas meu achismo não pode ser superior que está na Constituição: In du bio pro reo", disse Souza.

Ele destacou que nos depoimentos ficaram comprovado que Januário não tinha ciência do esquema de "arapongagem". "Eu procuro pela absolvição por não existir elementos de participação. Na mesma sorte peço pela absolvição do coronel Barros, embora existem indícios, mostra participação, os fatos não são suficientes para responsabilização criminal.  Eles apenas indicaram pessoas para trabalhar nas interceptações", declarou o promotor pedindo a absolvição de ambos os réus. Porém,  ele pediu a condenação de Zaqueu Barbosa,  Evandro Lesco e Gerson Correa

Atualizado às 16h17 - O promotor afirmou em que jamais tinha presenciado um réu prestar três depoimentos. "Isso foi inédito. Acredito que estes três depoimentos do cabo Gerson irá entrar nos rols da história".

Ele destacou que Zaqueu, Lesco e Gerson são réus confessos restando dúvida quanto a Ronelson e Januário. 

Atualizado às 15h51 - O promotor afirmou que a escolha da Sétima Vara Criminal para tramitação da ação penal inicialmente foi por "pura vaidade"."Quando foi protocolado a denúncia pela Procuradoria Geral de Justiça no Tribunal de Justiça foi equivocado. O crime foi militar e não existe prerrogativa de foro neste tipo de crime. Fiquei bravo com isso. Mas, depois o processo voltou para Justiça Militar", disse.

Atualizado às 15h25 - O promotor leu trechos da ação relatando como que foi montado o esquema e como funcionava, destacando que com a atuação do coronel Zaqueu Barbosa no esquema, o militar foi beneficiado pelo então governador Pedro Taques para ser o comandante da Polícia Militar na gestão do tucano.

Atualizado às 14h56 - O primeiro a usar da palavra é o promotor de Justiça, Allan Sidney do Ó Souza. Segundo ele, os militares de Mato Grosso fizeram escola no âmbito das escutas ilegais, e que um esquema semelhante ocorreu no Estado do Maranhão praticado por oficiais. O advogado do cabo Gerson Correa, Eurolino Cechinel e o promotor bateram boca no momento em que Allan pediu que o militar ajudasse a lembrar de um fato relacionado ao processo.

"Não se dirija direto ao meu cliente, se reporta aos advogados primeiro", disse o advogado. "Me dirijo sim. O senhor não irá me impedir de falar com o réu", rebateu o promotor na discussão.

O promotor disse ainda: "Não descarto a possibilidade de que o governador Pedro Taques seria governador se não fosse este esquema. Não posso afirmar, mas não descarto". Ele ainda acrescentou: "Na eleição de 2014 ele ganhou no primeiro turno. Na reeleição ele perdeu porque o sistema não estava funcionando, possivelmente se estivesse funcionando ele ainda estaria no Governo".

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