A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB/MT), Gisela Cardoso, afirmou neste sábado (06.07) que o advogado Renato Gomes Nery foi vítima de um crime brutal e que a entidade está "indignada" com o fato. Ela declarou que a OAB/MT vai cobrar das autoridades públicas "uma solução rápida e eficiente" para o caso, com a identificação e prisão dos responsáveis.
Renato Gomes Nery, de 72 anos, morreu em decorrência dos tiros sofridos em frente ao escritório em que trabalhava, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, neste sábado.
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Em entrevista coletiva, Gisela Cardoso afirmou que toda a advocacia está em luto por perder um "grande profissional" de forma "tão brutal". "Queremos registrar toda a indignação da advocacia mato-grossense e a busca por uma solução rápida e eficiente. Nós não podemos permitir que esse tipo de ataque e violência aconteça", disse a presidente da OAB-MT.
Ela esclareceu que a entidade está em contato direto com a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre o andamento das investigações, e que, inclusive, será criada uma comissão para acompanhar de "perto" todo o processo investigativo, sendo composta pela presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP-MT), Regina Dessunte; pelo conselheiro federal da OAB-MT, Stalin Paniago; e pelo advogado Ussiel Tavares, membro honorário vitalício.
Cardoso revelou ainda que tem encontros agendados com o governador em exercício, Otaviano Pivetta; o secretário de Segurança Pública do Estado, coronel César Augusto Roveri; e com os delegados da DHPP, para tratar das investigações e das medidas mais efetivas de segurança aos advogados.
Atualmente, segundo ela, advogados vêm sendo alvos constantes de ataques, sendo necessário criar medidas para garantir a proteção dos profissionais no exercício da profissão. Na entrevista, ela chegou a citar dois projetos de lei que tramitam no Congresso: o PL 5109/2023, que prevê medidas de proteção pessoal para advogados; e o PL 538/24, que aumenta a pena para os crimes de homicídio e de coação praticados contra advogados.
"Nós precisamos de proteção. Os advogados, de maneira geral, trabalham e convivem com conflitos das mais diversas áreas, e o conflito por si só pode gerar uma situação de risco. É preciso que a advocacia tenha essa proteção. [...] Nós precisamos buscar uma melhor segurança. Estamos cobrando medidas mais efetivas das Forças de Segurança para garantir a segurança dos advogados no exercício da sua função em Mato Grosso", finalizou.
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