O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, revelou nessa segunda-feira (25.11) que nenhuma unidade prisional do Estado tem sistema de bloqueadores de celular, mas garantiu que tem conhecimento de que a Secretaria de Segurança Pública vem tentando encontrar um “sistema eficaz”.
“Não temos bloqueadores de celular em presídio nenhum no Estado de Mato Grosso. Estamos, aliás, há tempos, a Secretaria de Segurança Pública está tentando encontrar um sistema que tenha eficácia nos bloqueios de celulares dentro da unidade prisional e até agora todas as provas técnicas, que foram realizadas, falharam”, disse Perri.
Segundo o magistrado, as informações recebidas pelo Judiciário são de que foram realizadas por empresas algumas provas técnicas em presídios do Estado, como, por exemplo, na Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada em Cuiabá. Em janeiro deste ano, moradores e comerciantes do bairro Industriário, próximo ao presídio, chegaram a relatar problemas por causa do bloqueio do sinal da rede de telefonia, não conseguindo realizar ligações e enviar mensagens.
“Algumas provas técnicas evidentemente funcionaram, mas as empresas não passaram inteiramente na prova de consulta”, explicou o desembargador.
Perri declarou que recentemente autoridades de Mato Grosso conheceram um sistema israelense, o qual foi classificado como "mais eficaz" para se implantar no Estado, contudo, ele ainda não é empregado no país. Porém, evitou fornecer mais detalhes.
Ainda segundo ele, enquanto nenhum “sistema eficaz” for implantado, as operações para apreender celulares em presídios vão continuar sendo realizadas.
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