Até abril deste ano a Superintendência Regional da Polícia Federal deve concluir o inquérito instaurado com base na delação premiada do empresário Allan Malouf, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça e que aponta suposto caixa dois na campanha de 2014 do ex-governador Pedro Taques (sem partido).
Em suas declarações premiadas, Alan delatou diversas empresas e pessoas físicas, que teriam participado direto e indiretamente em esquema de caixa dois eleitoral e outros crimes conexos, para financiamento da campanha do então candidato ao Governo do Estado de Mato Grosso em 2014, Pedro Taques.
Diante disso, a Superintendência Regional da Polícia Federal instaurou inquéritos policiais para apurar os fatos. Um dos inquéritos refere-se a possível ocorrência do delito de falsidade ideológica eleitoral.
Segundo consta dos autos, o inquérito apura o fato específico constante da delação feita por Alan Malouf, em que ele informa ter recebido em abril de 2016, R$ 1 milhão – em espécie - do “rei da soja”, Eraí Maggi, para quitar dívidas da campanha de Pedro Taques em 2014, a qual o elegeu governador de Mato Grosso, e que não foram declaradas na prestação de contas do ex-governador.
Segundo Malouf, a determinação para pegar o dinheiro com Eraí partiu de Pedro Taques, e o valor seria para quitar parte dos valores emprestados por ele (Malouf) no financiamento de campanha e financiamento de Paulo Brustolin no cargo de secretário Estadual de Fazenda (cujo fato está sendo apurado por meio de outro inquérito, que tramita na Justiça comum).
Em 9 de janeiro de 2020, o inquérito chegou no gabinete do juiz eleitoral Fernando Fidélis Neto, titular da 1ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, que determinou a imediata distribuição da ação ao juiz eleitoral Jorge Alexandre Martins Ferreira, 51ª Zona Eleitoral. O último andamento processual aponta que em fevereiro deste na foi deferido o pedido para prorrogar o prazo de conclusão dos trabalhos por mais 60 dias.
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