Familiares de vítimas da chacina em Sinop (a 479,9 km de Cuiabá), ocorrida em 21 de fevereiro deste ano, pediram à Justiça para ser assistentes de acusação. A chacina vitimou sete pessoas, são elas, Adriano Balbinote, Elizeu Santos da Silva, Getúlio Rodrigues Frazão Junior, Josué Ramos Tenório, Larissa de Almeida Frazão, Maciel Bruno de Andrade Costa e Orisberto Pereira Sousa. Larissa tinha apenas 12 anos.
Edgar Ricardo de Oliveira, um dos autores da chacina, foi indiciado por sete homicídios qualificados (motivo torpe, emprego de meio cruel, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), furto qualificado e roubo majorado. Ele irá responder ainda por mais uma qualificadora, por matar vítima menor de quatorze anos. O seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, foi morto em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Consta da ação, que os familiares das vítimas, Larissa, Getúlio, Elizeu e Josué, querem ajudar o Ministério Público do Estado na acusação. Eles pedem habilitação nos autos. O MPE foi favorável ao pedido. “Nada tem a opor quanto aos pedidos de habilitação de assistentes de acusação realizados pelos familiares das vítimas Larissa, Getúlio, Elizeu e Josué, considerando o disposto no artigo 268 e seguintes do Código de Processo Penal”, manifesta o MPE.
Consta dos autos que a mãe da adolescente, Larissa, é uma das que pediu para ser assistente de acusação. Raquel Gomes Almeida, mora em Governador Nunes Freire – MA. Larissa, era maranhense e acompanhava o pai, que também foi assassinado. Ela conseguiu correr quando os disparos começaram, mas foi atingida e não sobreviveu. A madrasta de Larissa também estava no local, e sobreviveu ao atentado.
Outro que solicitou foi Mariza Dias, viúva de Josué Ramos Tenório. Ele era cliente do estabelecimento e parou para assistir à partida de sinuca. A vítima era de Fátima do Sul (MS), mas morava em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), onde tinha uma distribuidora de frutas, e sempre viajava para Sinop a trabalho. O empresário deixa a esposa e quatro filhos, dois dos quais adotivos.
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