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VGNJUR Quarta-feira, 01 de Julho de 2020, 15:46 - A | A

Quarta-feira, 01 de Julho de 2020, 15h:46 - A | A

Conselheiros Afastado

Cheques que Teis destruiu eram supostamente da empresa de seu filho com ex-servidor do TCE

Edina Araújo/VG Notícias

Os talões de cheques que o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Waldir Teis, tentou esconder durante busca e apreensão no escritório situado em Cuiabá, eram de propriedade da empresa Office Consultoria e Governança Tributária LTDA, que tem em seu quadro societário o filho de Teis, Júlio Teis e o ex-servidor do Tribunal de Contas, Emanoel Gomes Bezerra Junior.

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Emanoel Gomes Bezerra Junior, sócio do filho de Waldir Teis, acompanha o conselheiro afastado do Tribunal de Contas desde a Secretaria Fazendária do Estado, quando Teis foi secretário da pasta na gestão do então governador Blairo Maggi.

Bezerra Júnior ficou cinco anos à frente da Secretaria Adjunta de Gestão da Fazenda do Estado. Ele deixou o cargo para acompanhar Waldir Teis ao TCE, onde ocupou a função de consultor jurídico da Corte de Contas, no período de setembro de 2008 a setembro de 2017. Porém, de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, ele foi secretário-geral, no biênio em que Teis foi presidente do TCE. O advogado deixou o Tribunal de Contas quando Waldir Teis foi afastado do cargo com mais quatro conselheiros.

O que chama atenção, é que a Office Consultoria foi aberta em 26 de agosto de 2008, quando Bezerra já estava no Tribunal de Contas com Teis.

De acordo com o MPF, em 17 de junho, cumprindo as medidas cautelares autorizadas pelo STJ, policiais federais e membros do MPF estiveram em 19 endereços ligados aos investigados da Operação Ararath. Durante as buscas no escritório do conselheiro, a Polícia Federal o flagrou tentando destruir cheques assinados em branco e canhotos de cheques - jogando-os na lixeira do prédio, depois de descer correndo 16 andares de escada. A tentativa do conselheiro foi filmada e fotografada.

Segundo o Ministério Público Federal, Waldir Teis só não foi preso em flagrante por ter imunidade que restringe a possibilidade prisões quando se trata de crimes afiançáveis, assim como magistrados.

A investigação apontou que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal identificaram que os cheques são de empresas ligadas à organização criminosa da qual o conselheiro é suspeito de integrar. Os canhotos dos cheques somam mais de R$ 450 mil.

Vale destacar, que a Office Consultoria e Governança Tributária funciona no mesmo local do escritório de advocacia em que Emanoel é sócio do advogado de Waldir Teis, Diógenes Curado.

Teis foi preso nesta quarta (01.07), por ordem expedida pelo ministro Raul Araújo, relator da Operação Ararath no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e teve como base relatório da Polícia Federal que revelou indícios de que o conselheiro tentou embaraçar as investigações, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em seus endereços. "A tentativa de obstruir a Justiça foi presenciada pela Polícia Federal que registrou a ação em foto e vídeo" diz o MPF.

O conselheiro, que é investigado por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro, foi denunciado nessa terça-feira (30) pela conduta que levou à prisão preventiva.

 
 
 
 

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