O programa Fantástico da rede Globo exibiu nesse domingo, (08.09) detalhes da operação que prendeu a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra na última quarta-feira (04) em um hotel no Recife. A ação faz parte de uma investigação conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco que mira um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo mais de 50 pessoas e empresas, espalhadas por cinco estados brasileiros. A justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 2 bilhões em bens e valores de todos os envolvidos, incluindo R$ 20 milhões da própria Deolane e R$ 14 milhões de sua empresa.
De acordo com a reportagem, a operação teve início após a apreensão de R$ 180 mil em dinheiro vivo em uma banca de jogo do bicho no Recife, em 2022. Essa descoberta levou os investigadores até Darwin Henrique da Silva, um conhecido bicheiro local, e seu filho, Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma de apostas Esportes da Sorte. Deolane, que frequentemente promovia a Esportes da Sorte em suas redes sociais, é suspeita de ter envolvimento direto no esquema de lavagem de dinheiro ligado a essa empresa.
De acordo com as investigações, o dinheiro de origem ilegal era transferido entre diversas contas bancárias para mascarar sua origem antes de retornar ao mercado como se fosse lícito. Além disso, parte do dinheiro era utilizada para a compra de imóveis, veículos de luxo, e até mesmo aviões, como forma de lavagem.
Após a prisão de Deolane, sua irmã, Daniele Bezerra foi às redes sociais afirmar que a família está sendo "perseguida" e que a verdade será provada. "Vamos provar nossa inocência, custe o que custar", declarou.
Na delegacia, Deolane afirmou que sua renda mensal é de R$ 1,5 milhão e que, em julho deste ano, fundou sua própria empresa de apostas, ZEROUMBET, com capital de R$ 30 milhões. No entanto, a polícia suspeita que essa nova empresa tenha sido criada para continuar o esquema de lavagem de dinheiro.
Além de Deolane, outras figuras públicas também estão sob investigação. Entre elas, o cantor Gusttavo Lima, cuja empresa de eventos vendeu um avião para uma das empresas de José André da Rocha Neto, outro investigado. A defesa de Lima negou qualquer envolvimento em atividades ilícitas, afirmando que a venda do avião seguiu todas as normas legais. (Com Fantastico)
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