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VGNE Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024, 15:33 - A | A

Segunda-feira, 11 de Novembro de 2024, 15h:33 - A | A

socorrido na hora

Motorista de aplicativo é confundido com criminoso e baleado por engano pela PM

Em depoimento na delegacia, PMs admitiram ter efetuado 18 disparos. Bruno Patrocino Bastos teve alta na manhã desta segunda-feira (11) do Hospital Salgado Filho, no Méier

Redação/VGN

O motorista de aplicativo que foi baleado em uma perseguição policial no domingo (10) recebeu alta no fim da manhã desta segunda-feira (11). Bruno Patrocino Bastos, de 46 anos, contou na porta do Hospital Salgado Filho que foi atingido quando ia abastecer em um posto de combustíveis.

“Eu nem passei pela Linha Amarela, eles confundiram o carro. Eu estava indo para o posto, para abastecer. Não estava indo na contramão. E, de repente, apareceram 2 viaturas, na esquina da rua, já atirando”, afirmou Bruno.
'Um pavor, um terror', disse motorista
Ele considera “milagre” ter sobrevivido e afirma que viveu o “terror”.

"Eu tive muita sorte. Eles me socorreram na hora, que eles viram que erraram. Na hora eles ficaram falando que eu não parei, sendo que eu não passei nem por eles, em momento algum. Eu só vi a polícia e recebi tiro. Eu estava na Rua Engenho da Rainha, que fica no bairro de Inhaúma, próximo à 44ª DP. Estava descendo a rua, devagar, e, do nada, eles apareceram e começaram a atirar. Espero justiça. É um milagre eu estar saindo agora do hospital", disse o motorista.

Bruno conta que as imagens não saem de sua memória. Os policiais militares admitiram que efetuaram 18 disparos contra o carro do motorista de aplicativo. O caso foi registrado na 44ª DP (Inhaúma) pelos próprios agentes.

"Passou na minha cabeça, na hora, que eu ia morrer. Porque era muito tiro, muito tiro, muito estilhaço de vidro. Um pavor, um terror", afirmou.

Bruno foi atingido por 3 tiros. Um projétil e um estilhaço ficaram alojados no corpo dele. O motorista não descarta a possibilidade de deixar o Rio de Janeiro com a família por causa da violência.

Mais cedo, a mulher de Bruno afirmou que os policiais falaram que ele tinha sido confundido.

"Ele levantou a mão, eles abriram a porta, já com o fuzil para cara dele. Eles socorreram ele, pediram um milhão de desculpas. Disseram que estavam perseguindo um carro parecido e que confundiram o meu marido", contou Elisângela Jales, esposa de Bruno.

A assessoria de imprensa da PM informou que foi instaurado um procedimento apuratório na Corregedoria da corporação para averiguar as circunstâncias do disparo que atingiu o motorista de aplicativo durante uma ocorrência do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE).

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