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VGNE Segunda-feira, 08 de Julho de 2024, 09:33 - A | A

Segunda-feira, 08 de Julho de 2024, 09h:33 - A | A

alerta aos pais

Investigação revela redes de pedofilia que exploram imagens de crianças nas redes sociais

Pais e mães, ao compartilharem momentos felizes de seus filhos na internet, muitas vezes desconhecem os riscos envolvidos

Redação/VGN

Uma investigação do programa Fantástico, da TV Globo, exibida na noite deste domingo (07.07), revelou uma alarmante realidade. Fotos e vídeos de crianças postados nas redes sociais estão sendo usados por criminosos para alimentar o submundo da pedofilia. Ao longo de quatro meses, a equipe do programa se infiltrou em salas de bate-papo e grupos de mensagem, desvendando os códigos e métodos utilizados pelos abusadores para disseminar material ilícito.

Pais e mães, ao compartilharem momentos felizes de seus filhos na internet, muitas vezes desconhecem os riscos envolvidos. A investigação revelou que criminosos utilizam palavras-chave aparentemente inocentes para marcar fotos de crianças. Expressões como "perdoa minha pequena, Raulzito" são, na verdade, códigos de pedófilos, usados para identificar e compartilhar imagens de menores.

Um dos casos destacados na reportagem é o do influenciador digital Jonas Carvalho. Desempregado, ele começou a mostrar a rotina dos filhos Eloá, de 3 anos, e Davi Lucca, de 2 meses, nas redes sociais. Inicialmente, Jonas não tinha conhecimento dos perigos, mas rapidamente se deparou com comentários perturbadores que, com o tempo, revelou-se serem códigos utilizados por abusadores.

Em resposta à denúncia do Fantástico, várias plataformas digitais emitiram declarações sobre suas políticas de combate ao abuso infantil. O Telegram informou que removeu mais de 62 mil grupos e canais em junho por compartilharem conteúdo abusivo. O TikTok, por sua vez, adotou uma postura de tolerância zero, removendo imediatamente qualquer material identificado como abusivo. A Meta, responsável pelo Instagram, Facebook e WhatsApp, afirmou que utiliza uma combinação de tecnologia e revisão humana para identificar e eliminar interações abusivas.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania propôs uma resolução ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente para responsabilizar aqueles que operam portais e áreas de conversação na internet. A criação de um grupo de trabalho foi anunciada, com o objetivo de propor uma política nacional de proteção para crianças e adolescentes no ambiente digital dentro de 90 dias.

Apesar dos riscos, Jonas Carvalho decidiu continuar postando imagens de seus filhos, mas com maior cautela. Ele acredita que seu conteúdo pode alertar outros pais sobre os perigos e ajudar a proteger mais crianças. "Eu não vou parar. Muitas crianças que me seguem tomam como exemplo a criação que eu dou para minha filha. Então, o que eu posso fazer para proteger as crianças e abrir o olho dos pais, eu faço", afirmou Jonas.

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