Com gritos de ordem como: “Puxadinho da Prefeitura”, cerca de 100 servidores da Educação e da Saúde municipal de Várzea Grande, usando nariz de palhaço, protestaram em frente à Prefeitura de Várzea Grande, na manhã desta segunda-feira (09.10).
Os servidores dizem ser contrários a forma com que o Poder Executivo está encaminhando Projetos de Lei à Câmara de Vereadores, pois, segundo eles, não há diálogo com as categorias. Um dos questionamentos é quanto ao PL 131, de autoria do Poder Executivo e que trata sobre o estatuto do servidor público da Administração. Confira PL no final da matéria.
De acordo com a secretária Geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Aparecida Cortez, o PL 131, aprovado pelos vereadores retira os direitos dos trabalhadores como corte de salário e de atraso do 13º.
“O Sintep está protestando contra a forma que a Prefeitura está encaminhando os projetos de lei ao Legislativo, sem dialogar, sem debater, e são projetos que retiram os direitos dos servidores. Nós estamos aqui para dizer que não aceitamos essa forma de governo, e que vamos acompanhar todos os atos dela e nos posicionar contra”, afirmou.
Segundo ela, o projeto que retira os direitos dos servidores foi introduzido na pauta da sessão ordinária ocorrida na última quinta-feira (05), enquanto os servidores comemoravam um projeto de lei que organiza as carreiras.
“O líder da prefeita introduziu uma PL que não estava pautada, foi solicitado para colocar em votação e a Mesa acatou. E foi aprovada o PL 131, que retira o décimo terceiro dos trabalhadores. Ela encaminha projeto de lei dizendo que é para organizar concurso é um projeto problema, porque o quadro de vagas não vai suprir a necessidade do funcionalismo público, embute alteração sem o debate e conhecimento da categoria, isso aí traz prejuízo. O projeto de Lei 130, prevê o congelamento salarial por cinco anos, prevê alteração do perfil dos trabalhadores, e ainda entrou um projeto que mudou a forma de pagamento do décimo terceiro salário, são inaceitáveis”, pontuou a sindicalista.
Umas das professoras presentes na manifestação, Thaize Rodrigues reclamou da falta de respeito pelos direitos que a categoria já possui. “Nós da educação já estamos sendo lesados há muito tempo, desde a questão da recomposição salarial, a gente tem perdido muito, eu mesma estou perdendo R$700,00 do salário, mais ou menos, todo mês, porque sou especialista, já tenho mais de 3 anos na rede não fui enquadrada. Então a gente tem que entrar na Justiça para brigar por nossos direitos e os direitos que a gente já possui não são respeitados, agora, querer congelar salário por cinco anos, querer cortar nosso décimo, então onde que a Educação vai parar se quem deve nos respeitar não nos respeita”, reclamou a professora.
Os profissionais da saúde também protestaram, afirmando que a introdução do projeto sem debate com a categoria foi de forma "sorrateira". “A aprovação do PL 132, melhorou um pouco a PCCS dos servidores, mas aproveitaram para colocar de forma sorrateira um projeto 130, que modifica o pagamento do décimo terceiro, causa um prejuízo imenso para os servidores, então, estamos indignados sim, depois de tanto tempo de luta, ter uma rasteira passada dessa forma”, afirmou Maria Rosaine Toledo Rosa, presidente do Sindicato dos Servidores de Várzea Grande (Sinvag).