Uma moradora de Várzea Grande contemplada no sorteio do programa “Minha Casa, Minha Vida” encaminhou ao oticias na manhã desta segunda-feira (23.09), imagens mostrando o descaso e o abandono que se encontra o Residencial Colinas Douradas I e II, no município.
De acordo com a contemplada, o local está abandonado e coberto pelo mato. "Algumas portas foram arrombadas, as janelas estão abertas, e também dá para notar as paredes rachadas e sem pinturas", descreveu a internauta.
“Gente olha como tudo isso aqui está abandonado, olha o tanto de mato, não tem nenhum homem trabalhando, não existem mais obras”.
Segunda ela, existem tantas famílias desesperadas necessitando de moradia, e todo aquele espaço abandonado. “Fomos contemplados, temos o direito de morar aqui, nós precisamos”, afirmou.
Ela conta ainda que é moradora de uma área de risco, em Várzea Grande. “Eles querem que eu saia da minha casa, mas eu não posso, não tenho para onde ir, e não temos previsão de quando vão liberar as nossas casas do Residencial Colinas Douradas”.
Até pouco tempo, o espaço era fechado e um homem fazia a segurança do local. Contudo, hoje na guarita, é possível encontrar apenas um cachorro.
Colinas: O Residencial estava previsto para ser entregue no mês de maio, porém, passados quase quatro meses, segue sem previsão. Neste conjunto, a Prefeitura de Várzea Grande chegou a sortear os contemplados, mas o processo foi paralisado devido a não entrega da obra.
Conforme a Prefeitura, as obras estão paralisadas por conta de problemas no projeto de saneamento básico, que foram reprovados pelo Departamento de Água Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG).
No dia 12 de agosto, a Caixa Econômica encaminhou ao oticias uma nota, informando que a companhia de saneamento local alterou as diretrizes originalmente emitidas e solicitou adequações aos projetos iniciais, que estão em fase final de elaboração e aprovação e poderão necessitar de aporte de recursos adicionais para o atendimento.
O oticias também entrou em contato na sexta-feira (20) com a Resecom Construtora e Incorporadora e conversou com um funcionário que identificou como Thiago. Ele apenas disse que a Construtora não tinha nada a ver com a paralisação das obras, e ainda mandou que a reportagem entrasse em contato com a Caixa Econômica Federal. Em seguida, ele não atendeu mais as ligações.