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Presidente da CDL, David Pintor argumenta que Várzea Grande tem tudo que consumidor precisa
Com mais de 8 mil empresas entre comércio, serviços e indústrias, a população de Várzea Grande não precisa mais ir à Cuiabá para fazer compras. Quem garante é o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, David Pintor.
Segundo ele, após uma crise econômica drástica em 2014 e 2015, as empresas conseguiram se levantar e obtiveram um crescimento de até 5% neste ano, em comparação ao ano passado.
Ainda segundo David Pintor, novos empreendimentos foram abertos e atualmente os consumidores podem encontrar tudo que precisam na cidade.
O destaque da economia local é o comércio atacadista e varejista, que corresponde a 37,5% da atividade econômica.
Várzea Grande ainda conseguiu um importante incremento para a economia, em 2015, com a inauguração de um shopping. O local abriga e oferece aos moradores da região empreendimentos em vários ramos diferentes, como cinema, redes de fast food, lojas de departamento, livrarias e supermercados.
Fora do centro comercial é possível observar ainda, a potência de empreendimentos de eletrodomésticos, materiais de construção e serviços.
O presidente frisa que a CDL, em parceria com a Prefeitura, tenta desde o começo do ano, através de campanhas nas rádios e outros veículos de comunicação, conscientizar a população a comprar na cidade e, dessa forma, injetar dinheiro na economia local.
“Eu sou várzea-grandense e lembro que fui criado com o pensamento de que tudo que era de melhor, de bom, precisava comprar em Cuiabá, mas hoje não há nada que você queira que não tem em Várzea Grande”, diz.
Para ele, mesmo devagar, a campanha tem dado certo. “É só observar esse crescimento que tivemos neste ano, uma média entre 3% a 5%. Mas isso não é reflexo apenas da campanha da CDL, os empresários também estão investindo em mídia. Estão melhorando suas faixadas, enfim”, afirma.
Tempos difíceis - Apesar do atual status de independência, o presidente da CDL explica que o comércio viveu a pior fase em meados de 2014 e foi capengando até 2015.
A situação, que segundo ele foi sentida em todo o Brasil, acabou se agravando em Várzea Grande por causa da falta de continuidade das obras de mobilidade urbana, que deveriam ficar prontas para a Copa do Mundo de 2014.
David aponta que uma parte relevante do comércio localizado na região da avenida da FEB teve que ser fechada devido aos prejuízos causados pelas “cicatrizes” feitas na cidade com as obras do VLT.
“O Estado estava quebrando o comércio de Várzea Grande. Mais de 70% ali da região fechou, não teve mais como trabalhar”, argumenta.
Ele cita que as realizações eram importantes para o município, mas que acabou sendo ruim por terem sido feitas sem um bom planejamento e também por não ouvir os envolvidos.
“Não vamos mais aceitar o que foi feito. Na época, eles chegaram, abriram a avenida e não conversaram com nenhuma entidade de classe e nem empresários. Se for mexer, a gente vai cutucar e acompanhar”, alerta.
Avanço - A retomada dos bons negócios e a saída de vez dos tempos difíceis, segundo David Pintor, pode ter sido motivado por fatores como a liberação para saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outros.
O presidente argumenta que a expectativa de melhora dos dirigentes do setor está voltada para o ano que vem.
David diz que os números devem começar a serem relevantes somente nessa época e que os investimentos começaram a crescer a partir desta data.