A região do bairro São Matheus teve aumento considerável de sua população, após os moradores sorteados no programa Federal “Minha Casa Minha Vida” terem se mudado para o residencial São Benedito. No entanto o bairro não estava com a infraestrutura preparada para esse aumento.
Além de o bairro São Matheus, fazem parte da região, o bairro Parque Sabiá, o residencial São Benedito, o bairro Eldorado e a Comunidade Formigueiro.
Atualmente o bairro conta com apenas um posto de saúde – PSF São Mateus - que atende toda a população. Situação que preocupa os moradores, pois a unidade de saúde não tem suporte para atender a demanda, conforme relata a moradora do bairro, Sandra Tabosa.
“O posto de saúde é pequeno, e como o São Matheus é grande, um e único exclusivo posto de saúde é insustentável, a demanda é muito grande, então o que acontece, todos têm que ir para a UPA e Pronto-Socorro”, afirmou Sandra.
Entre as dificuldades vividas pelos moradores, Rosinete das Neves relatou que a região também sofre com o aumento da criminalidade. Segundo ela, o bairro conta com uma base Comunitária de Segurança, mas o local fica, na maioria das vezes, fechado e quase não ocorre rondas policiais pelo bairro, o que gera uma grande onda de assaltos.
O transporte coletivo na região também é objeto de muita reclamação por parte dos moradores. Segundo a moradora do residencial São Benedito, Polyane Arruda, ainda que a empresa União Transporte tenha enviado quatro ônibus para o destino, o tempo de espera é muito grande por parte do cidadão. Segundo ela, as pessoas ficam até 40 minutos esperando o transporte.
Já a moradora do bairro São Matheus, Daniele Costa, disse que a linha de ônibus que chega até o bairro, mudou de rota pela terceira vez este ano. Segundo ela, as mudanças resultaram na demora, tanto no trajeto percorrido, como na espera no ponto de ônibus.
Outra dificuldade abordada pela moradora Sandra Tabosa, é o trajeto percorrido para pegar o ônibus. Conforme ela, as pessoas percorrem até quatro quadras a pé para chegar no ponto de passagem do ônibus. “Aqui aumentaram o asfalto do Bom Gosto até a Rua 8, no entanto, as estruturas continuam a mesma de 20 anos atrás, a linha é a mesma e o pessoal que mora ali continua sem ônibus, antes a desculpa era que não tinha asfalto, mas agora já tem asfalto e o pessoal continua sem ônibus lá”, reclamou.
O bairro também não tem creche para as famílias colocarem seus filhos enquanto trabalham, com isso, os moradores são obrigados a procurar vagas para as crianças em outros bairros.
Na região, os moradores tem acesso a três escolas municipais e uma Estadual. Porém, segundo os moradores, não há creches para atender a população.
Outro lado - Sobre a falta de creche, a Prefeitura de Várzea Grande, autorizou a construção de uma unidade na região. Segundo o Secretário Marcos Lemos, a construção da creche (CEMEI) será em frente a uma escola do Estado, próximo ao residencial. A obra está em construção e deverá ficar pronta em meados do segundo semestre de 2018. Segundo o secretário, o Estado também está construindo uma nova escola na região, com isso, será devolvido ao município a estrutura utilizada pelo Estado, onde se encontra a escola E.E Professora Elizabeth Maria Bastos Mineiro.
Segundo a Prefeitura de Várzea Grande, até 2018 existe uma série de benefícios para a região, entre elas, segundo a Secretaria de Comunicação, é a retomada das obras da Unidades Básicas de Saúde (UBS), localizada no fundo da PSF.
“A própria Filinto Muller deverá atender a região, mas o principal benefício grande que tem para a região é a regularização fundiária. O São Matheus começou errado, começou em uma invasão, e para regularizar demora, e isso não basta só o Poder Público querer, isso envolve os poderes Federal, Estadual e Municipal, tem que fazer regularização por completo”, explicou Lemos.