Após inúmeras promessas política e da realização de audiência pública em 2015 para implantação do passe livre, a secretária de Educação de Várzea Grande, Zilda Leite, disse que o benefício não será concedido em 2016 aos mais de 26 mil estudantes do município, e que não há previsão de sua implantação.
Em entrevista ao VG Notícias, Zilda declarou que Prefeitura deve iniciar no próximo ano um estudo de viabilidade para a implantação do benefício, porém, não apontou a data para início do estudo.
De acordo com ela, o estudo é importante para que a administração municipal possa conhecer quantos alunos serão beneficiados com o passe livre, e para saber o valor que terá ser aplicado para a concessão do benefício.
Em entrevista recente ao VG Notícias, o secretário de Governo explicou os recursos que irão “arcar com os custos” da concessão do passe livre devem sair dos impostos cobrados da tarifa do transporte coletivo repassados para a Prefeitura.
Pizza disse ainda que outra opção seria o município “pagar” os custos do benefício com recursos próprios, mas que atualmente a Prefeitura não teria dinheiro em caixa suficiente para arcar com o valor.
Conforme levantamento realizado pela Secretaria de Educação, durante a gestão do ex-prefeito Walace Guimarães (PMDB), o passe livre deve impactar em torno de R$ 200 mil ao mês aos cofres da Prefeitura, o que resultaria em um gasto anual de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões.
Importante destacar que o benefício deveria ter sido concedido aos estudantes há 10 anos, por meio de projeto de lei aprovado em 2005, na gestão do ex-prefeito, Murilo Domingos (PR). No entanto, apesar de aprovado e sancionado, o projeto de lei não foi para frente por alegações de que era remoto e não havia condições financeiras para a implantação.
Em 2014, durante a gestão de Walace Guimarães, um levantamento do número total de alunos que frequentam regularmente as aulas da rede municipal de ensino e a rede estadual – para chegar ao número real de contemplados com o passe livre – chegou a ser realizado, mas, o projeto não teve mais avanços.
Outro ponto a destacar que o recurso que era para ser aplicado na implantação do passe livre foi anexado nas Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014 e 2015, mas nada foi investido.