As empresas Protege-Sistema de Proteção Atmosférica Ltda (com sede em Cuiabá) e D Três Incorporadora (com sede em Várzea Grande), venceram processo licitatório da Prefeitura de Várzea Grande para retomarem a construção de três Unidades Básica de Saúde (UBS) no município que estão paralisadas, após recomendação da Controladoria Geral da União (CGU) e auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a empresa Protege-Sistema irá construir a UBS Cabo Michel, localizado na rua Nova Olímpia S/Nº. A unidade irá abranger moradores do bairro Mapim, Jardim Esmeralda, Terra Nova, Cabo Michel e Mangabeiras. A obra está orçada em R$ 733.297,06 mil.

Além dela, a empresa da Capital, ainda executará a construção da Unidade Básica de Saúde Jardim Maringá I, localizado na rua Sol Nascente S/Nº. A unidade, que está orçada em R$ 1.017.205,77, terá com abrangência os bairros Jardim Maringá I e II, Princesa do Sol e Parque do Lago.

Já a empresa D Três Incorporadora receberá R$ 663.184,99 mil para construir a UBS São Mateus II, localizada na rua Carmelita Fernandes S/N°. A unidade é abranger os bairros Cohab São Mateus, Cohab Novo Mundo, Loteamento Novo Mundo e São Mateus.

Conforme o município, cada unidade de saúde será construída no prazo máximo de 150 dias, contados a partir da ordem de serviço. O valor estimado total de serviço é de R$ 2.413.687,82 milhões.

Deste valor citado acima, R$ 1.273.340,99 milhão serão repassados pelo Ministério da Saúde; e R$ 1.257.451,59 milhão de contrapartida da Prefeitura de Várzea Grande.

As unidades de saúde irão oferecer serviços de acompanhamento à população e prevenção e promoção da saúde como campanhas de vacinação, consultas de pré-natal e de cuidados com a saúde de diabéticos e de hipertensos, além dos reforços da Saúde Preventiva, com a disposição de médicos da família e consultórios odontológicos.

Abandono das obras - Em 2013, durante a gestão do ex-prefeito Walace Guimarães, a Prefeitura de Várzea Grande iniciou a construção de 13 unidades de saúde. Na época, o emedebista conseguiu recursos junto ao Ministério da Saúde na ordem de R$ 7.872.509,00 milhões, para executar as obras.

As obras foram iniciadas e não concluídas. Em processo de fiscalização, a CGU constatou a existência de descompasso entre os cronogramas físicos e financeiras, ou seja, foram realizados mais pagamentos do que obras, falta de planejamento na definição dos locais das unidades entre outras irregularidades.

Em agosto de 2015, nos primeiros meses de gestão, a prefeita Lucimar Campos (DEM) determinou a suspensão das obras após constatar que os contratos efetuados com as empresas executoras estavam vencidos e continham irregularidades.

O TCU chegou a apontar irregularidades nas obras resultando no bloqueio dos recursos federais para a construção das referidas Unidades Básicas de Saúde.