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Várzea Grande Sábado, 19 de Maio de 2018, 08:00 - A | A

Sábado, 19 de Maio de 2018, 08h:00 - A | A

Categoria ameaça greve

“Nós não queremos radicalizar”, diz médico ao pedir diálogo para evitar greve em VG

Adriana Assunção/VG Notícias

VG Notícias

sindicato

 

O diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Adeíldo Martins de Lucena Filho, em entrevista ao oticias nessa sexta-feira (18.05), pediu que os direitos dos médicos sejam respeitados. 

“Me parece que tem sete anos que a Prefeitura não paga o terço de férias aos profissionais. Não temos horas extras, eles não estão pagando. Se você cometer uma irregularidade o que vai acontecer? Multa, vai fechar a empresa, se a Prefeitura faz isso o que acontece? Passamos o horário, temos que receber e não estamos recebendo. Agora o pior de tudo é que tem um "prêmio saúde" em Várzea Grande, e a distribuição dele é um balaio de gato que eu não consigo entender”, reclamou o diretor.

Adeíldo relatou que na Assembleia da categoria realizada na quinta (17), foram expostos problemas como falta de fisioterapeuta na UTI e falta de escalonamento em horários dos médicos. “Isso é um absurdo, a presença de um fisioterapeuta dentro da unidade é fundamental.”

O diretor destacou ainda que os médicos estão indignados com a falta de pediatra na saúde de Várzea Grande. “Abriram o concurso com uma vaga para pediatra, Várzea Grande precisa de 15, a alegação é que os classificados seriam chamados, temos cinco classificados, nenhum chamado. Agora lá no Pronto-Socorro tem os médicos atendendo Pediatria, mas não com a formação em Pediatria, com residência em Pediatria, são médicos que podem atender, mas não qualificados como pediatras.”

Além disso, o diretor relatou as dificuldades em relação aos materiais de trabalho. “Complica quando não tem exame, complica quando não tem agulhas, então precisa trabalhar na atenção básica. Um paciente fica muito caro e para evitar isso, é trabalhar atenção básica, que são os Programas de Saúde da Família (PSFs)”, pontuou.

O diretor questionou “que médico você quer para sua família?”, o questionamento segundo ele é uma forma de mobilizar a sociedade que precisa ver as necessidades dos médicos, que em muitos casos enfrentam depressão.

“Que médico você quer atendendo o seu filho, a sua mãe, esposa, seu irmão, seu amigo? Aquele médico cansado, mal remunerado, desanimado, desmotivado, massacrado, sem tempo para a família, que não consegue tirar férias nunca, que não consegue se capacitar? Nós temos um índice de depressão muito grande já na faculdade de medicina e suicídio”, refletiu o diretor.

Ao finalizar o diretor do Sindimed, disse que a classe não quer radicalizar e pede que o secretário de Saúde de Várzea Grande, Diogenes Marcondes dialogue com a classe.

“Não queremos radicalizar, mas se tiver que radicalizar vamos. Nunca precisamos fazer isso de maneira intensa em Várzea Grande, espero que não precise”, concluiu.

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