Os moradores do bairro Água Vermelha reclamam da destruição e sujeira causada pelas constantes festas realizadas no Centro Comunitário do bairro. Segundo denúncia do vice-presidente do bairro, Licínio Antônio de Campos, a última festa realizada no dia 27 de janeiro, não teve Alvará do Corpo de Bombeiros, nem autorização da Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana de Várzea Grande.
“O Centro Comunitário virou clube de Lambadão. Eu protocolei nos Bombeiros, na Vigilância, na Sema, eu fui lá disseram que não tinha fiscal, cobrei da Prefeitura. Inclusive tenho abaixo assinado. E se isso não resolver vou ao Ministério Público, é ilegal usar o espaço público para realizar festas particulares”, afirmou o vice-presidente.
A festa conforme divulgação, foi organizada por Aluísio Trevo Lanches, e contou inclusive com o compartilhamento do banner de divulgação, nas redes sociais da vereadora Gisa Barros (PSB), o que gerou desconfiança dos moradores, que suspeitaram que a ex-promotora de festas estaria organizando a festa particular em local público. "A festa está em nome de Aluizio, mas quem está por traz da organização da festa é a vereadora Gisa Barros, ela quem banca a festa”, afirmou o morador L.C..
Outra reclamação dos moradores foram a destruição e sujeira deixada no espaço público, como desabafou o morador em um áudio enviado via Whatsaap.
“O espaço foi reformado com ajuda da comunidade, não tivemos ajuda de político. Reformamos o local para ser usado para um culto, para um velório, para uma confraternização de idosos, agora essa será a terceira festa realizada no local. Estão usando o Centro Comunitário para custos de valores. Sou contra mesmo, festa é coisa boa, mas que seja para alguma coisa, que seja para o bairro. Fazem festas, arrecadam o dinheiro, mas não destinam nada para o Centro Comunitário, até o vaso já deixaram estragado”, reclamou o morador S.S.B..
O otícias entrou em contato com o organizador da festa, presidente do Conselho dos Moradores do Água Vermelha, Aluizio, que negou a participação da vereadora na festa. Segundo ele, apenas comprou a tenda da distribuidora do pai dela.
“Era meu aniversário e os vizinhos se reuniram para fazer a festa, servimos janta. Aqui era abandonado, ocupado por noiados, os moradores e empresários ajudam a cuidar. O espaço é para a comunidade usar, se for um velório, um grupo de oração, aniversário, casamento o que for. Se você entrar hoje, a quadra está limpa, tem banheiro, tem cozinha. Na festa não usamos o Centro Comunitário, usamos a quadra e inclusive alugamos banheiro químico”, pontuou.
Conforme o organizador da festa, no local foi vendido cerveja, somente para ajudar nas despesas da festa; como pula-pula, banheiro químico, entre outros.
O oticias entrou em contato com a Secretaria de Mobilidade Urbana, que informou que quaisquer festas em espaço público são necessárias obter autorização no Poder Público. Veja abaixo as licenças necessária para liberação de eventos.