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Várzea Grande Sexta-feira, 28 de Agosto de 2015, 10:30 - A | A

Sexta-feira, 28 de Agosto de 2015, 10h:30 - A | A

Confira áudio e vídeo

“Me bateram muito” diz jovem que acusa Guarda Municipal de VG de agredi-lo após filmagem

Ao VG Notícias o comandante da Guarda Municipal, João José Mendanha, afirmou que os agentes agiram em cumprimento da lei.

Rojane Marta/VG Notícias

O jovem R.J.J. denunciou ao VG Notícias que viveu momentos de terror no último domingo (23.08) ao sair da festa do “Bloco Pirraça”, realizada na Univag, em Várzea Grande. Ele acusou a Guarda Municipal de Várzea Grande de agir com truculência, agressão e omissão de socorro.

De acordo com o jovem, ao deixar o local em companhia de sua esposa e de um colega, presenciaram a Guarda Municipal multando alguns veículos estacionados irregularmente e o seu colega questionou a agente da Guarda Municipal, soldado Daniela, porque estava multando apenas carros pequenos e não estava multando veículos de luxo, como o caso de uma limusine que estava estacionada nas proximidades.

Ainda, segundo ele, a soldado ficou quieta, momento em que o seu colega a alertou que iria filmar a ação, e ela o teria xingado e ele retribuído o xingamento. Logo após, ela tentou tirar o celular das mãos do rapaz a força.

“A Guarda Municipal, soldado Daniela, estava multando os veículos, e daí tinha uma limusine parada e nós falamos, vocês só multam os carros pequenos, a limusine não né, daí ela ficou calada. Daí falamos que íamos filmar o serviço errado e pegamos o celular para filmar. Quando ela falou vai se ..., daí meu amigo falou vai você, daí ela veio para cima dele, tentando tirar o celular dele meio que a força, e nisso começou a confusão, tentando prender o colega que estava comigo e começou o empurra-empurra” contou.

Conforme R.J.J., ele pegou o celular para filmar a confusão e também foi repreendido pela ação, desta vez, pelo soldado Garcia. “Eu peguei meu celular para filmar eles empurrando meu colega, daí o soldado Garcia pegou o meu celular e jogou no chão, quando eu fui pegá-lo, o soldado me empurrou, daí perguntei se ele estava louco, comecei a alterar com ele, e eles deram voz de prisão para nós. Devido não estarmos fazendo nada de errado, não desacatamos até certo ponto, mas retribuímos ao mesmo tom que eles falaram com a gente, não tinha porque sermos presos, pois não havíamos feito nada” relatou.

Segundo o jovem, após essa confusão, ele foi para o meio do povo, com a cabeça ensanguentada, pois o soldado teria lhe dado uma cacetada com o cassetete, mas acabou sendo encontrado pelos Guardas Municipais.

“Eu fui para o meio do povo e eles me acharam, quando eu os vi coloquei a mão na cabeça e disse que podia me prender, mas para não me baterem, mas começaram a me bater no meio do povo, me algemaram e me colocaram na viatura. Seguindo para a Delegacia, em frente ao Supermercado Extra eles pararam para esperar outra viatura para dar apoio e bolar o que eles iam falar para o delegado, o que eles iam colocar no Boletim de Ocorrência” disse.

Ao chegar à Delegacia, o jovem relatou que foi novamente espancado. “Me colocaram em uma salinha, que fica ao lado da sala do escrivão, e começaram a me bater mais um pouco,  mesmo eu estando algemado”.

R.J.J. foi levado para uma cela, onde ficou por cerca de seis horas até ser liberado. Ele afirma que além da agressão, houve omissão de socorro. “Após eles fazerem um Boletim de Ocorrência, me levaram para a cela. Chegando à cela, eu ainda algemado, o soldado Garcia começou a me bater, foi na hora que teve que dar quatro pontos no meu supercílio, afetando meu olho do lado esquerdo, daí eu fiquei preso, e teve omissão de socorro porque eu fiquei ensanguentado” contou, confira foto da agressão no final da matéria.

Outro lado – Ao VG Notícias o comandante da Guarda Municipal, João José Mendanha, afirmou que os agentes agiram em cumprimento da lei, e que quem começou a agressão foram os rapazes.

“Aquele caso foi enviado para a Delegacia, os agentes só agiram em cumprimento legal, só isso que eu tenho que falar, agiram no dever legal. O agente foi agredido e as providencias foram tomadas” disse ao garantir que um GM ficou com ferimento na cabeça.

Indagado sobre as agressões sofridas pelos rapazes, o comandante se limitou a dizer que falaria apenas sobre o que está escrito no Boletim de Ocorrência.

“Quanto a isso eu não entro nesse detalhe, pois atento somente ao vídeo, ele pode falar o que ele quiser, mas o que vale é o que está no Boletim de Ocorrência, ele foi encaminhado para a Delegacia para as devidas providências, ele foi encaminhado conforme determina a lei, ele pode falar o que ele quiser, mas cabe ele provar. Me atento somente as ocorrências, fizemos o que a lei nos permite e nos autoriza, cabe a ele provar” finalizou.

Já a Prefeitura, por meio de nota, afirmou que irá abrir procedimento interno de averiguação para apurar o caso e se ficar comprovado abuso na ação investigada, irá tomar as medidas cabíveis.

RESPOSTA DA AÇÃO DA GUARDA MUNICIPAL EM UM SHOW NAS DEPENDÊNCIAS DA UNIVAG

Em relação à denúncia que envolve agentes da Guarda Municipal de Várzea Grande, sobre a conduta dos mesmos durante evento realizado nas dependências da Univag, no último domingo (23), a Secretaria de Governo informa a abertura pela administração pública de procedimento interno de averiguação. Ressalta ainda que a gestão municipal prima pela proteção do cidadão, visto que os agentes da Guarda Municipal são altamente treinados para o exercício da sua profissão. As medidas cabíveis serão adotadas caso comprovado abuso na ação investigada. 

 

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