Mais de 80 famílias invadiram na manhã deste sábado (14.04), o Residencial Jequitibá, do programa “Minha Casa, Minha Vida”, localizado na rodovia Mário Andreazza, em Várzea Grande. As obras do Jequitibá estão paralisadas desde fevereiro de 2015. A polícia foi acionada e está no local tentando impedir que as famílias se instalem.
O empreendimento com 404 unidades habitacionais foi lançado em 2013 - paralisado desde fevereiro de 2015 quando a empresa Aurora Construtora alegou problemas financeiros decorrentes de atrasos nos pagamentos pelo governo Federal.
O empresário Thiago Curvo, da Construtora Aurora, disse ao oticias que é a maior invasão que já presenciou em residenciais até agora. O empresário acredita que por ser ano eleitoral deve ter alguém coordenando a invasão.
Conforme o empresário, para finalizar a obra é necessário cerca de R$ 6 a 7 milhões - e que está sendo discutido com o Banco do Brasil.
Segundo ele, a invasão começou na noite dessa sexta-feira (13.04), quando um pequeno grupo invadiu - a empresa acionou a polícia e conseguiu impedir. Porém, hoje pela manhã, segundo ele, um grupo bem maior organizado invadiu novamente.
Entenda - Em 2015, uma equipe de auditoria da Secretaria de Habitação de Várzea Graande detectou que mais de 58% dos contratos checados apresentavam algum tipo de irregularidade, como pessoas que não se enquadravam no perfil do programa federal. Foram indeferidos 464 contratos do Residencial São Benedito, 170 do Residencial Jequetibá e 120 do Colinas Douradas Primeira Etapa, por determinação da prefeita Lucimar Campos (DEM).
MPF - O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil para fiscalizar a construção e entrega de imóveis do programa “Minha Casa, Minha Vida” em Várzea Grande, em março de 2016. De acordo com o inquérito instaurado pelo procurador da República, Gustavo Nogam, o objetivo do procedimento era fiscalizar a efetiva construção e entrega de imóveis do Residencial Jequitibá, aos beneficiários.