Apesar de a gestão anterior ter recebido do governo Federal mais de R$ 8 milhões para construção de novas unidades de saúde, e reforma de unidades básicas já existentes, mais de 88% das obras estão paralisadas, conforme relatório obtido com exclusividade pelo VG Notícias. O recurso foi liberado em julho de 2013 pelo Ministério da Saúde.
Conforme consta no relatório, da construção/reforma de 17 novas unidades, apenas duas conseguiram ficar prontas, porém, ainda não em funcionamento.
Dentre as unidades prontas, consta a Unidade de Pronto Atendimento do Ipase (Upa Ipase), que aguarda entrega de equipamentos por meio de acordo feito com a empresa MRV, e o Programa da Saúde da Família (PSF) do Ouro Verde – que também, apesar de as obras estarem conclusas desde dezembro de 2014, não está em funcionamento por falta de equipamentos, rede de telefonia, internet e recursos humanos.
As demais obras estão paralisadas. Algumas delas, o cronograma apontam que as obras estão com apenas 10% de andamento, como é o caso do PSF do Jardim Maringá (R$ 659 mil), PSF do bairro Construmat (R$ 408 mil) e PSF do Jardim Eldorado (R$ 512 mil).
Há ainda três obras que sequer foram iniciadas, e que os recursos conseguidos podem expirar e ser retirados da conta do município, voltando para o cofre federal. Uma dessas obras é a UPA do Residencial Santa Bárbara – no aporte de R$ 2,2 milhões. A obra não foi iniciada na eminência de alteração de endereço, porém, o prazo para conclusão expira em setembro 2015.
Ainda consta no cronograma como obra não iniciada a do PSF do bairro Jardim dos Estados, cujo valor destinado pelo governo Federal foi de R$ 659 mil. Segundo o relatório, a obra aguarda trâmites da licitação, o recurso, caso não seja usado, irá expirar em fevereiro de 2016. A outra obra não iniciada é o PSF Vitória Régia, no valor de R$ 773 mil, a desculpa para a obra constar como não iniciada é de que aguarda definição para alteração de endereço. O prazo para não perder o recurso é até fevereiro de 2016.
Das 17 unidades que deveriam ser construídas, quatro já tiveram o prazo expirado, mas, o vice-prefeito Arilson Arruda (sem partido), acompanhado pelo secretário municipal de Saúde Cassius Clay Azevedo, conseguiram em Brasília estender o prazo estipulado e reaver o valor enviado pelo governo Federal.
Constam ainda, duas obras de PSF com 30% em seu andamento, duas com 35%, duas com 40%, uma com 60% e duas com 70%.
Na próxima reportagem sobre o caso, o VG Notícias irá trazer os nomes das empresas que deveriam tocar a obra e os valores já recebidos por cada uma.