Cerca de 900 estudantes de Várzea Grande realizam na tarde desta terça-feira (17.04) uma manifestação nas principais avenidas da cidade, para cobrar do Poder Público a implantação do passe livre no município.
De acordo com o estudante Paulo César Silva, um dos líderes do movimento, os estudantes querem que a prefeita Lucimar Campos (DEM) coloque em vigor, ou elabore um projeto de lei, que possibilite os estudantes do município a terem acesso ao passe livre.
“As grandes cidades como Cuiabá tem o passe livre e Várzea Grande não. Queremos e vamos lutar para conquistar deste benefício. Há anos que os nossos governantes vêm prometendo e agora queremos que isso saía do papel”, disse o estudante ao oticias.
Segundo ele, aproximadamente 200 estudantes participaram na manhã de hoje de um protesto na avenida Filinto Müller, com cartazes e faixas cobrando a implantação do benefício.
“A tarde, por volta das 14 horas iremos sair de frente a Assessoria Pedagógica, ao lado da escola Adalgisa de Barros e iremos seguir pela Filinto Müller fazendo gritos de protesto e cobrando dos governantes o passe livre. Em seguida, entraremos pela avenida Alzira Santana e seguiremos até a Prefeitura de Várzea Grande, onde iremos fazer um ato cobrando da prefeita. Nosso movimento é passivo. Queremos apenas o passe o livre”, explicou Paulo César.
Importante destacar que o benefício deveria ter sido concedido aos estudantes há 10 anos, por meio de projeto de lei aprovado em 2005, na gestão do ex-prefeito, Murilo Domingos (PR). No entanto, apesar de aprovado e sancionado, o projeto de lei não foi para frente, por alegações de que era remoto e não havia condições financeiras para a implantação.
Em 2014, durante a gestão de Walace Guimarães, um levantamento do número total de alunos que frequentam regularmente as aulas da rede municipal de ensino e a rede estadual – para chegar ao número real de contemplados com o passe livre – chegou a ser realizado, mas, o projeto não teve mais avanços.
O estudo apontou que naquela época, início de 2015, o passe livre impactaria em torno de R$ 200 mil ao mês aos cofres da Prefeitura, o que resultaria em um gasto anual de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões.
Outro ponto a destacar é que o recurso que era para ser aplicado na implantação do passe livre foi anexado nas Leis Orçamentárias Anuais (LOA) de 2014 e 2015, mas nada foi investido.