A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar suposta apropriação indébita de valores praticada pelo ex-presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande, Waldir Bento da Costa (PMDB), concluiu que não houve dolo por parte do peemedebista.

Bento era investigado por não repassar aos órgãos de origem o desconto feito dos servidores comissionados e inativos da Câmara, referente ao INSS (R$ 334.278,60) e IRRF (R$ 642.836,30).

Conforme consta no parecer da Comissão, no desenrolar das investigações constatou que Waldir teria usado o dinheiro para pagar a folha de pagamento do Legislativo.

“Esta comissão resolveu considerar que não houve dolo por parte do acusado, uma vez que na analise dos documentos apensados comprovam o não pagamento dos valores, porém, não esclareceram de forma inequívoca a destinação de tais valores para outro fim, senão o pagamento da folha dos servidores efetivos” diz trecho do relatório.

Por outro lado, a Comissão apontou que há indícios de que o ex-presidente não fez planejamento dos gastos públicos, mas salientou que isso já vem de gestões anteriores.

Para evitar que o ato se repita – descontar impostos e não repassar ao órgão de origem -, a Comissão concluiu que o Legislativo deve tomar medidas drásticas de contenção de gastos, como por exemplo, a diminuição de número de vereadores, tendo em vista que o valor do duodécimo atual não comporta as despesas impostas para a manutenção de 21 vereadores em Várzea Grande.

O Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra Waldir foi encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE), para acompanhamento.