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Várzea Grande Sexta-feira, 04 de Novembro de 2016, 14:03 - A | A

Sexta-feira, 04 de Novembro de 2016, 14h:03 - A | A

EE Prof. Arlete Maria da Silva

Alunos e professores protestam por reforma em escola de VG paralisada na Operação Rêmora

Lucione Nazareth/ VG Notícias

Reprodução

Arlete

 

Alunos e servidores da Escola Estadual Professora Arlete Maria da Silva, localizada na Cohab Asa Bela em Várzea Grande, reclamam da falta de condições adequada na unidade educacional após as obras de reforma do local serem paralisadas, em decorrência da deflagração da Operação Rêmora.

Na manhã desta sexta (04), a comunidade escolar realizou um ato de protesto pelas ruas do bairro Cohab Asa Bela, reivindicando a imediata retomada das obras e liberação de verba emergencial.

A escola, que estava há 25 anos sem reforma, deu início às obras em abril deste ano, após Ação Judicial, que compreendeu reforma geral, ampliação e cobertura da quadra de esporte. Orçada em R$ 1.229.013,82 milhão, a reforma vinha sendo executada pela empresa Etag Construtora Comércio Ltda.

No entanto, quase duas semanas após o início da obra, a empresa paralisou o serviço devido à Operação Rêmora, deflagrada em 03 de maio pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), após ser descoberto fraudes em processos licitatórios em obras de escolas estaduais, entre elas a Arlete Maria.

“Na época das obras, a empresa responsável construiu quatro salas de aulas em puxadinhos de madeira, e levou ventiladores e aparelhos de ares-condicionados para o local. Fizeram várias gambiarras para instalação elétrica. Com a paralisação das obras, fomos obrigados a volta para as salas antigas, que não tem piso, ventiladores, porta, não tem nada. Alunos e professores estão passando mal”, relatou a diretora da escola, Ocilene Célia.

Segundo ela, com objetivo de resolver o problema, a direção criou um sistema de “rodízio” de aula nas salas da escola que dispõe de ares-condicionados e ventiladores, o qual, por dia três turmas ficam sem aula.

“Mas, algumas pessoas da comunidade escolar denunciou essa medida que adotamos à Ouvidoria da Seduc, e fomos obrigados a acabar com esse sistema, e trazer de volta o sufoco de professores e alunos estudarem em salas sem qualquer tipo de ventilação”, disse Célia.

A diretora relatou que procurou a Secretaria de Estado de Educação em junho para buscar uma verba emergencial para realizar pequenas adequações na escola, e assim garantir condições mais adequadas aos alunos e professores dentro das salas de aula. Porém, passado quase cinco meses a Seduc ainda não liberou a verba no valor de R$ 9.400,00.

“Achamos que como é de conhecimento da Seduc da paralisação das obras, seria mais fácil a liberação dessa verba, porém, nos enganamos. Até agora não conseguimos esse dinheiro para fazer as adequações, até que outra empresa seja contratada, e as obras retomadas. A engenharia disse que as obras devem ser retomadas só ano que vem, já que o processo licitatório será aberto em dezembro. Enquanto isso sofremos com essa falta de estrutura adequada”, encerrou Ocilene.

Outro Lado - A Secretaria de Estado de Educação, por meio da assessoria de imprensa, encaminhou nota sobre o assunto. Veja a nota na integra.

Veja nota

Com relação à Escola Estadual Professora Arlete Maria da Silva, instalada na Cohab Asa Bela, em Várzea Grande, a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT) informa que o contrato da obra citada foi rescindido. A decisão foi publicada no Diário Oficial no dia 30 de setembro de 2016.

A Secretaria destaca que já deu início aos procedimentos para novas licitações e contratações da empresa que dará andamento à obra, e busca agilidade para finalizar esse processo o mais rapidamente possível.

Com relação à verba emergencial, a Seduc-MT aponta que a gestão da unidade escolar entrou com o pedido no dia 23 de setembro de 2016.

No dia 26 a equipe da Secretaria informou, via sistema, a necessidade de alterações do pedido, porém não obteve resposta da direção da escola.

No dia 27 de outubro um novo comunicado foi inserido no sistema. Até o momento não consta nenhuma atualização dos orçamentos e inserção dos documentos necessários para os procedimentos de envio de recursos sejam repassados à escola.

Sendo assim, a Seduc-MT destaca que o setor irá entrar em contato com a direção da escola para reforçar as orientações necessárias para efetivação do pedido.

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