Acusada de cometer racismo contra uma servidora de Várzea Grande, a superintendente municipal da Secretaria de Cultura, suplente de vereadora Gisa Barros, ficará cara a cara com a suposta vítima em audiência de tentativa de conciliação nesta terça-feira (02.02).

Gisa foi denunciada no Juizado Especial Criminal de Várzea Grande, por meio de queixa crime, pela servidora Noemi Almeida de Assis Crepin, acusada pelo crime de racismo.

O juiz responsável pelo Juizado Especial Criminal, Amini Haddad Campos, marcou para esta terça (02) às 17h20min, audiência preliminar. Caso Gisa não compareça à audiência designada, sem justa causa, será decretada à revelia.

A suposta vítima, em entrevista ao VG Notícias adiantou que não aceitará acordo, pois foi tratada com desrespeito por Gisa, e espera que a Justiça a faça pagar pelo crime de racismo.

Entenda - De acordo com Boletim de Ocorrência (BO) registrado na 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande, por Noemi, em 10 de julho de 2015, às 13 horas, Gisa teria iniciado uma discussão com a suposta vítima (Noemi), na Casa de Artes do município, localizada na avenida Couto Magalhães, e cometeu o crime de discriminação racial.

Lotada na Secretaria Municipal de Educação, Cultura do município, desde 01 de junho, no cargo em comissão de gerente de Educação de Jovens e Adultos, Noemi relatou no BO que Gisa a persegue desde que assumiu o cargo. Segundo Noemi, a superintendente chegou a sumir com o certificado de 22 alunos para acusá-la.

“Comunicou que trabalha na Casa de Artes, que a suspeita é sua superintendente, que há algum tempo vem sendo perseguida pela suspeita, que entre outras afirmações e provocações, a suspeita dizia a todos: minha honra será tirar essa negra daqui, que em certa ocasião a suspeita, visando prejudicar a comunicante sumiu com certificados de 22 alunos, acusando a comunicante” diz trecho do BO.

Segundo Noemi, duas alunas que ouviram o racismo de Gisa contra ela, a acompanharam à Delegacia como testemunha.

Ao VG Notícias, Gisa Barros negou todas as acusações, disse ser uma pessoa que fala manso, calma e jamais gritaria com alguém, pois não é de seu feitio.