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Variedades Segunda-feira, 05 de Setembro de 2022, 17:12 - A | A

Segunda-feira, 05 de Setembro de 2022, 17h:12 - A | A

golpe

"Se errou, que pague", diz Léo Moura sobre investigação contra sua irmã

Irmã de ex-jogador é acusada de aplicar golpes na venda de ingressos do Rock In Rio e teve a prisão decretada

EXTRA

Nesta segunda-feira, após operação para prender sua irmã, Léo Moura usou as redes sociais para comentar a investigação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (MPRJ) contra Lívia Silva Moura. Ela é acusada de aplicar golpes na venda de ingressos do Rock In Rio e teve a prisão decretada. O ex-jogador diz que os "problemas de Lívia são absolutamente dela, infelizmente para a tristeza da família".

"Não me envolvo e nem compactuo com isso. Se errou, que pague pelos erros e não cometa novamente. Tenho minha família e um nome que zelo por muitos anos. Estamos tristes, pelo acontecido, porque somos humanos, mas estamos e ficaremos sempre do lado que é certo", escreveu Léo Moura nas redes sociais.

Prisão decretada

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio (MPRJ) fazem uma operação, na manhã desta segunda-feira (5), contra Lívia Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura, do Flamengo, por estelionato na venda de ingressos do Rock in Rio. Lívia é alvo de um mandado de prisão e outro de busca e apreensão. Os agentes estiveram na casa da mulher, na Freguesia, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Ela não foi encontrada no apartamento onde mora e é considerada foragida. Esse é um dos inquéritos abertos para investigar Lívia. A ação, comandada pela 16ª DP (Barra da Tijuca), foi deflagrada após denúncia da empresa de Roberta Medina, a Rock World, responsável pela venda dos ingressos para o festival quando ao menos 19 pessoas tentaram acessar o evento neste domingo com entradas falsas, todas compradas através do mesmo site, um domínio que imitava o do oficial. A polícia também investiga a participação de pessoas da organização do Rock in Rio no esquema. Foram cumpridos outros quatro mandados de busca e apreensão.

De acordo com as investigações da 16ª DP, Lívia criou um site falso para aplicar golpes em pessoas que queriam comprar ingressos para o Rock in Rio, com preços mais baixos. Os investigadores afirmam que a mulher deu um golpe milionário. Os policiais chegaram até Lívia ao rastrear a origem do site usado para a venda. Nele, os interessados pensavam estar comprando as entradas e faziam o pagamento via Pix, que ia direto para a conta de Lívia. Ela é investigada por estelionato.

— Essa investigação contra a Lívia Moura começou a partir de uma notícia crime da própria produção do Rock in Rio dando conta que, além dos crimes de estelionato que ela praticava, ela também falsificava documentos e violava a marca do evento, estando envolvida em uma organização criminosa, já que tem outras pessoas a serem identificadas como integrantes — salienta o delegado titular da 16ª DP, Leandro Gontijo. A denúncia foi feita pelo festival no sábado, dia 3, segundo de sete dias de evento.

Neste ano, com os ingressos apenas em modelo digital, um e-mail de confirmação era enviado com o passo a passo para o resgate. Após muita insistência alguns receberam, no entanto, eram inválidos. As entradas teriam números verdadeiros, ação conseguida com a ajuda de funcionários do festival que integrariam o esquema. O QR Code, no entanto, era inexistente. Com isso a catraca não liberava o acesso ao festival. Durante a busca e apreensão na casa de Lívia, foram encontrados ingressos verdadeiros e falsos para o Rock in Rio.

— Na projeção da 16ª DP, na Cidade do Rock, mais de 19 pessoas foram vítimas de estelionato. Todas disseram que os ingressos foram comprados no site e foram impedidas de entrar. O esquema dela é sofisticado. Ela copia todo o trâmite da venda dos ingressos. As pessoas acreditam estar com os ingressos até chegarem na porta — afirma Gontijo.

Segundo o delegado, Lívia vai responder por estelionato no meio eletrônico, organização criminosa, falsificação de documentos particular e violação de direito autoral.

— Existe uma suspeita que pessoas de dentro da organização do Rock in Rio estejam participando do esquema. Ingressos testes foram encontrados na casa dela. Com essa falsificação, ela captava as pessoas com isso. Podemos observar que todo o trâmite é igual. Mas ela faz a parte criminosa.

Segundo o MPRJ, por meio da 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Zona Sul e Barra da Tijuca, "as medidas cautelares têm o objetivo de cessar a fraude contra milhares de pessoas, vítimas do golpe aplicado pela investigada que podem superar a casa dos R$ 300 mil. Foi determinada ainda, a apreensão de materiais de informática e telemática que serão submetidos a perícia". Lívia é alvo de investigações em ao menos mais duas delegacias na cidade — a 16ª DP (Ipanema) e a 41ª DP (Tanque).

— Existe um inquérito na Delegacia do Tanque que uma pessoa teve o prejuízo de R$ 150 mil. Além disso, estamos levantando os inquéritos em outras delegacias de outros golpes. Não contabilizamos o valor total da fraude.

O delegado destaca os cuidados que devem ser tomados na hora de comprar ingressos de terceiros.

— Os ingressos são vendidos através do site oficial, o único habilitado é indicado pela venda. Qualquer domínio diferente é falso. Lá, no site oficial, está todo o passo a passo da compra. É importante que as pessoas saibam que ao comprarem ingressos de terceiro existe um prazo de 24 horas para que os códigos sejam passados e elas precisam conferir esses QR Codes.

Em nota, a organização do Rock in Rio "esclarece que Livia da Silva Moura não faz parte da produção do evento e tão pouco tem qualquer relação com o mesmo. Não há registros de credencial emitida em seu nome e a mesma não estava trabalhando em evento teste e não faz parte da operação do festival. Assim como em todas as edições, o Rock in Rio reforça que não se responsabiliza por ingressos comprados fora dos canais oficiais de venda".

Vítimas também denunciaram

Lívia Moura é investigada em ao menos três delegacias do Rio por conta dos golpes envolvendo ingressos falsos para o Rock in Rio. Uma delas é a 13ª DP (Ipanema), onde uma vítima denunciou o caso após ter transferido R$ 20,8 mil via Pix para a conta de Lívia e sem nunca ter recebido as entradas. Segundo as investigações dessa unidade, outras vítimas foram identificadas e devem ser ouvidas pela polícia nos próximos dias.

— É importante destacar que a acusada já é conhecida da polícia, e ostenta outros antecedentes criminais pela prática de outros golpes. Ela se vale do fato de ser irmã de ex-jogador de futebol para passar credibilidade às vítimas e, assim, aplicar o golpe, que nesse caso foi de mais de R$ 20 mil. Já há noticias de outras vítimas que comparecerão em sede policial para registrar outros golpes idênticos praticados pela acusada — afirma o delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP, onde o caso é investigado.

O empresário que denunciou o caso à polícia contou em seu depoimento que comprou 26 ingressos para diversos dias do Rock In Rio, oferecidos pela mulher em um contato por um aplicativo de mensagens. A vítima ainda contou que entregou mais R$ 3 mil em espécie para um vizinho de Lívia, mas até o momento não recebeu os ingressos.

De acordo com o depoimento, após o pagamento, a irmã de Léo Moura não atende mais as ligações feitas pelo empresário e tampouco responde as mensagens. O delegado Felipe Santoro orienta como a população deve agir para evitar golpes na venda de ingressos.

— É preciso ficar atento às ofertas com preços vantajosos. Confira sempre a identidade do vendedor e os dados do ingresso, no site oficial do evento. Privilegie sempre a compra em site oficial ou a venda presencial. Em caso de golpe, procure a policia imediatamente para podermos tomar as providências necessárias e evitar o prejuízo da vitima — alerta Santoro.

De acordo com o site "Torcedores", em 2020 Léo Moura já tinha usado suas redes sociais para denunciar a irmã. Na postagem, o ex-jogador afirma que não compartilha "com mau caratismo e nem safadeza". Na publicação, Léo Moura ainda ressalta que naquela época já não falava com a irmã há um ano e pediu para seus seguidores não acreditarem nela.

A reportagem não conseguiu contato com Lívia Moura.

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