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Variedades Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2021, 08:32 - A | A

Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2021, 08h:32 - A | A

Sacanagem

Família sofre golpe após passar 15 anos juntando dinheiro para comprar casa: "roubaram nosso sonho"

Vítimas relatam que pagaram R$ 85 mil no imóvel, após visitá-lo e acharem que toda a documentação era verdadeira

G1

Uma família de São Paulo relata que viu o sonho de ter uma casa na praia se tornar um pesadelo após ser vítima de um golpe de estelionato em Praia Grande, no litoral paulista. Segundo as vítimas, o crime foi praticado por uma quadrilha, cujos integrantes se apresentaram como proprietários do imóvel. Foi pago o valor de R$ 85 mil.

"Roubaram nosso dinheiro e nosso sonho. Estamos sofrendo bastante", afirma um dos compradores, que prefere não se identificar. Tudo começou após a família ver um anúncio de venda de uma casa no bairro Balneário Solemar. Em seguida, as vítimas entraram em contato com a suposta corretora, que marcou uma visita ao imóvel.

Segundo relatado pela vítima, ao menos três mulheres estão envolvidas no golpe: uma realizou o contato e negociação pelo aplicativo, outra apresentou a casa, e a terceira se passou por proprietária do imóvel. Além disso, as vítimas também chegaram a falar com um homem por telefone, que disse ser esposo de uma das envolvidas no golpe.

"A pessoa que se apresentou como dona da casa disse que o nome dela era Lorena, e que a residência era do avô dela, que era herança da família. Marcamos uma visita ao imóvel, e lá tinha uma mulher que se identificou como Vitória, e se disse cunhada da Lorena. De dentro da casa, liguei para a Lorena, e disse que gostamos do imóvel, que queríamos ver a documentação, e ela disse que tudo bem, que iríamos nos falando", relembra o homem, que achou que estava prestes a adquirir o imóvel com a família.

Segundo ele, ainda na visita à casa, a mulher que se identificava como Vitória disse que teria que ir trabalhar, e que não estava com a chave da casa, por isso, pediria para o esposo fechá-la depois.

"Eu liguei para a Lorena, disse que estava com medo de deixar a casa aberta, se poderia comprar um cadeado e deixar no portão, e ela disse que tudo bem. Eu fui, comprei e coloquei. Só que ela disse para eu não deixar a chave do cadeado com nenhum vizinho, para eu levá-la, porque a casa já era quase minha", relembra.

Quando retornou para São Paulo, a vítima relata que Lorena pediu todas as informações dele e da esposa, porque queria fazer o suposto contrato. Ela ainda enviou todos os documentos que dizia serem do imóvel. No dia seguinte, eles se encontraram com 'Giovana', que se dizia mãe de Lorena, e Vitória, a suposta cunhada, no cartório. Após fazerem a documentação, as vítimas levaram as mulheres até a casa delas na Capital, e fizeram o pagamento de R$ 85 mil.

A transação ocorreu no dia 1º de dezembro. No dia seguinte, as vítimas foram ao Cartório de Praia Grande, e lá receberam a informação de que haviam caído em um golpe de estelionato.

Juntei esse dinheiro durante 15 anos de trabalho, para um dia conquistar o sonho de uma casa própria na praia, e deixar de herança para meus filhos

"No cartório, disseram que o documento era de lá, mas que os dados não condiziam com a matrícula. Peguei a documentação e corremos para a casa que compramos, que já estava sem cadeado e aberta. Meu filho ficou dentro do carro, e eu e minha esposa entramos na casa. Não tinha ninguém lá, e quando saímos, encostou um carro, e uma família de três pessoas desceu e perguntou onde era a casa da Lorena, que iriam conhecer. Nessa hora, entendemos tudo, e nosso mundo caiu".

A família registrou um boletim de ocorrência por estelionato na Delegacia Sede de Praia Grande, que apura os fatos, e também tentou filmagens no cartório, mas não conseguiu.

"Eu comecei a divulgar fotos delas em todos os grupos de Facebook. Elas nos bloquearam de tudo alguns dias depois do golpe. Eu e minha família estamos completamente abalados. Juntei esse dinheiro durante 15 anos de trabalho, para um dia conquistar o sonho de uma casa própria na praia, e deixar de herança para meus filhos. Me sinto desamparado e decepcionado. Elas têm que ser presas, para termos justiça", conclui.

 
 

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