Marcos Antonio Gomes da Silva, 50 anos, que trabalha com vendas e pesquisas, foi preso por engano enquanto fazia a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, no último domingo (05.11), em uma escola no Recife. Após a situação ser esclarecida, Marcos registrou uma queixa por danos morais, uma vez que não pôde concluir sua prova devido ao ocorrido.
Segundo o relato de Marcos em uma entrevista ao G1 nesta segunda-feira (06), ele foi solicitado pela coordenadora do local de prova a se retirar da sala para assinar um documento. No entanto, quando foi chamado, já estava respondendo à 30ª questão dos testes.
Durante a entrevista, Marcos mencionou que ficou surpreso com a situação, pois ao chegar no pátio, encontrou dois policiais militares que afirmaram haver um mandado de prisão contra ele. Em estado de choque, Marcos ficou sem compreender completamente o que estava acontecendo.
Ao entregar seus documentos aos policiais, como solicitado, eles perceberam que, embora o nome e a data de nascimento fossem os mesmos do mandado, os nomes dos pais eram diferentes e o indivíduo procurado era natural da Paraíba.
Mesmo constando essa diferença no documento, Marcos foi encaminhado para o Instituto de Identificação Tavares Buril, no Centro do Recife, para checar as impressões digitais.
Após a confirmação que Marcos não seria o homem que constava no mandado de prisão, ele foi levado para a Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, para registrar um boletim de ocorrência.
Marcos está incerto se terá a capacidade emocional para fazer uma nova prova. Ele declarou que é muito cedo para tomar qualquer decisão, pois está em estado de choque após tudo o que aconteceu.
Allan Negreiros, advogado de Marcos, anunciou que solicitará informações à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) para entrar com uma ação judicial buscando indenização por danos morais.
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