Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o advogado Victor Stephen Pereira Coelho, de 27 anos, foi esfaqueado no Centro do Rio na madrugada de sábado (23.07).
O rapaz havia saído de uma festa e estava aguardando em um ponto do VLT, quando o crime ocorreu. O vídeo mostra o momento em que o rapaz tenta fugir do criminoso, acaba caindo no chão, mas continua sendo atacado. A Divisão de Homicídios está apurando se o jovem foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte).
O corpo de Victor foi sepultado no fim na manhã desta segunda-feira (25.07) no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio.
Por volta de 7h30, o corpo de Victor chegou ao Caju. Consternados, amigos e parentes do jovem se abraçavam na porta do cemitério. Muitos usavam camisas do Flamengo, o time do coração de Victor.
No enterro, mais palmas, flores e homenagens para o advogado, considerado por pessoas próximas como sendo alguém gentil e um pacifista nato. Ao se despedirem, amigos e parentes também cantaram o hino do Flamengo.
Unanimidade
O bacharel em Direito João Chamarelli, de 36 anos, e Victor fizeram universidade juntos. Segundo ele, o amigo era uma figura afável, uma "unanimidade" entre os amigos.
"Era uma figura gentil, tranquila, um pacificador como nós costumamos dizer na universidade", disse.
Amigos, colegas e professores de Victor o definem como uma pessoa gentil. "Sempre atuante, sabe? Um pacifista nato. Defendia todas as causas contra a violência", disse João Chamarelli.
O amigo também falou sobre a insegurança no Centro, e cobrou mais policiamento na região.
“A gente sai do Centro sempre temeroso. Todos relatam a mesma coisa. Escritórios estão liberando mais cedo. Eu não entendo. Precisa intensificar esse Centro Presente, o policiamento, as patrulhas”, disse o amigo da vítima.
Victor tinha se formado em 2020 pela Universidade Cândido Mendes. Além de trabalhar em um escritório, ele planejava em breve publicar o trabalho de encerramento de curso.
"Nos falamos há pouco, no mês passado. Eu já estava aqui organizando o TCC dele para a gente publicar numa revista lá em São Paulo", afirmou Alexandria Alexim, professora de Victor.
A professora define o trabalho deixado por ele como "magnífico." Segundo Chamarelli, o trabalho de Victor tratou de conflitos humanitários.
O crime
Victor tinha saído do escritório de advocacia onde trabalhava e ido para a região da Praça Tiradentes, para encontrar amigos. Pessoas próximas afirmaram que o advogado foi esfaqueado após ser assaltado, quando estava indo embora.
O corpo foi encontrado, sem documentos, na Praça da República por agentes do 5º Batalhão (Praça da Harmonia). O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Outras pessoas relataram assaltos na região na mesma noite em que o jovem foi morto.
Uma estudante de 23 anos contou que teve o celular roubado quando pedia um carro de aplicativo para ir embora. Segundo ela, a praça estava lotada.
Ela chegou a correr atrás do criminoso, mas ele conseguiu fugir.
Veja vídeo
Ver essa foto no Instagram
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).