Réu em ação penal interposta pelo Ministério Público Eleitoral, por supostamente falsificar documento em sua prestação de contas da campanha de 2006, quando disputou uma vaga na Assembleia Legislativa, o prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), arrolou como sua testemunha de defesa o seu atual secretário de Administração, Celso Barreto, e o proprietário de uma das maiores fornecedoras do município na gestão peemedebista.
De acordo consta nos autos, Celso Luiz Pereira, proprietário da Selprom, empresa que nesta gestão os contratos com o município somam R$ 6 milhões, irá depor em favor de Walace. A audiência de oitiva das testemunhas, de acusação e defesa, será em 17 de novembro, em Cuiabá.
Celso Pereira também foi arrolado para ser testemunha de acusação, convocado pelo MPE.
Entenda – Walace é acusado de falsificar assinatura em um dos recibos apresentados em sua prestação de contas em 2006. O recibo refere-se à contratação da Banda Terra – responsável pelo jingle do peemedebista em 2006. A possível fraude foi constatada pela perícia técnica contratada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT).
Na tentativa de sair ileso, Walace chegou a jogar a culpa pela falsificação das assinaturas aos seus assessores diretos: Fran Campello – atualmente exerce o cargo de subsecretário de Comunicação municipal, e de Celso Luiz Pereira – da empresa Selprom que presta serviço ao município na gestão Walace.
Segundo o réu (Walace), Campello e Pereira eram as pessoas responsáveis para cuidar da parte cultural e administrativa de sua campanha. Mesmo diante das alegações do peemedebista, o relator da denúncia, juiz membro do TRE/MT Pedro Francisco da Silva, negou o arquivamento da ação, e ressaltou que ficou comprovada a falsificação da assinatura.
Vale destacar, que além desta ação penal, Walace enfrenta na Justiça uma ação de investigação judicial também por supostamente ter fraudado alguns itens em sua prestação de contas referente à campanha de 2012, quando disputou a Prefeitura de Várzea Grande. Porém, desta vez ele foi denunciado pelo partido Democratas de Várzea Grande e pelo Ministério Público Eleitoral.
Curiosamente, nesta outra denúncia uma das fraudes detectadas também se refere à contratação da Banda Terra, e o prefeito utilizou da mesma argumentação - de que o jingle teria sido doado a sua campanha.
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