A Saúde Pública em Várzea Grande está mergulhada em problemas, como a escassez de materiais, falta de medicamentos, equipamentos sucateados e déficit no quadro de pessoal, além de insatisfação dos servidores contratados e concursados, lotados no setor.
Na busca de investigar o caso e encontrar uma solução para o problema, os vereadores de Várzea Grande aprovaram na última quarta-feira (14.08) requerimento pedindo esclarecimento sobre como está sendo administrado o setor, referente à compra de medicamentos, já que muitos pacientes continuam a não encontrar alguns itens nas unidades de saúde.
“Estamos recebendo várias denúncias que continua a falta medicamentos nas unidades de saúde. Tem pessoas que estão indo ao postinho de saúde e o diretor pede para que eles vão à Farmácia Popular comprar, porque lá não têm. Queremos saber por que está faltando medicamento”, declarou Wanderley Cerqueira (PSD), autor do requerimento.
Conforme o requerimento, a atual administração terá que fornecer à Câmara a relação da aquisição de medicamentos desde 03 de janeiro até hoje, número dos processos licitatórios dos mesmos, tipo de modalidade licitatória, quais foram às empresas que venceram o certame, relação nominal de medicamentos licitados, com as respectivas quantidades e valor pago por medicamento, quantos e quais medicamentos o município já recebeu até o momento, quais às unidades de saúde que receberam e a data de entrega dos medicamentos às unidades. Além de todos os valores que já foram gastos com a aquisição de medicamentos.
O requerimento foi aprovado pelo parlamentares - e será enviado ao Poder Executivo para que forneça as informações - dentro do prazo regimental da Casa de Leis. Segundo Cerqueira, após analisar o documento, os vereadores irão fazer uma visita “in loco” nas unidades de saúde para saber se o medicamento realmente chegou. Caso seja constatado algum tipo de irregularidade, será encaminhado para a Comissão de Saúde da Câmara Municipal e para o Ministério Público Estadual (MPE).
É importante destacar que a Prefeitura de Várzea Grande desde o início do ano, vem fazendo algumas contratações de empresas por meio de dispensa de licitação e possível direcionamento de licitação, como já denunciado pelo VG Notícias.
Além disso, a secretária de Saúde de Várzea Grande, Jaqueline Beber Guimarães, optou por não fazer licitação e aderiu em junho à ata de registro de preços do município de Juína, no valor de R$ 3.810.996,56. De acordo com aviso de adesão publicado no Jornal Oficial dos Municípios (AMM) em 21 de junho, quatro empresas seriam responsáveis para fornecer medicamentos ao município.
A empresa Rinaldi e Cogo Ltda, de Toledo (Paraná), ficou com um lote de R$ 1.613.450,94, a empresa goiana Stock Medicamentos, instalada em Aparecida de Goiânia – GO, o valor global a receber pela empresa é de R$ 1.087.270,00. A empresa instalada no Jardim Araes em Cuiabá, Brasil Distribuidora de Produtos para Saúde Ltda – Me, no valor total de R$ 950.155,62. A empresa carioca IBF Indústria Brasileira de Filmes, ficou com o menor lote, no valor total de R$ 160.120 mil.
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