Na manhã desta quinta-feira (09.08) durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Cuiabá, por 13 votos a favor, 2 contra e 2 abstenções, os parlamentares anularam a cassação do mandato do vereador Ralf Leite (sem partido).
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal (CCJ) cassou em 2009 o mandato de Ralf por quebra de decoro parlamentar, após ter sido preso por acusações de exploração sexual, corrupção ativa e falsidade ideológica.
De acordo com os integrantes da Comissão de Cassação na época, Everton Pop (PSD), Domingos Sávio (PMDB) e Adevair Cabral (PDT), Ralf teria usado do cargo político para intimidar policiais militares em frente a um motel na região do posto Zero Quilômetro, em Várzea Grande. A intimidação teria sido uma tentativa de evitar a prisão quando foi pego alcoolizado e com um travesti menor de idade.
Após a volta do parlamentar à Casa de Leis da Capital, conseguido por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi colocado uma reavaliação do caso pela comissão. Durante a sessão de hoje, os vereadores votaram a favor de designar novamente os direitos políticos de Ralf, fazendo assim, com que ele volte a ocupar oficialmente o mandato na Casa.
Ralf agradeceu aos colegas parlamentares por aprovar a anulação da cassação de seu mandato. Ele voltou a ressaltar que na Câmara de Cuiabá não existe nenhum vilão e que ele não era vítima, que cometeu um erro e já pagou por ele.
Entretanto, o parlamentar afirmou que a sua cassação poderia ter sido evitada pelo vereador Deucimar Silva (PP), que durante o processo da perca do mandato, teria comentado que o modo que a comissão estava levando o processo estava errado.
“Agradeço a todos que votaram a meu favor, mas isso poderia ter sido evitado pelo vereador Deucimar, ele sabe como cassar um mandato, como cassou de Lutero Ponce. Ele disse na época que o processo de cassação do meu mandato estava todo errado, mas ele não foi a nenhum vereador avisar sobre o tal erro e aconteceu o que aconteceu”, destacou Ralf.
Em sua defesa, Deucimar disse que “nunca conversou com nenhum vereador para pedir a cassação de ninguém na Casa de Leis”.
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