O vereador Wilson Kero Kero (Podemos) acusou a intervenção estadual na saúde pública de Cuiabá de tentar usar o Poder Judiciário para intimidar a Comissão de Saúde do Legislativo cuiabano, da qual ele é presidente. A denúncia foi feita durante a sessão ordinária desta terça-feira (07.11).
Kero Kero, afirma que a intervenção tenta calar e acuar a Comissão de Saúde. “Se acharam no direito de tentar usar o judiciário mato-grossense para tentar intimidar o trabalho desta Casa, dos vereadores e deste vereador aqui, que é presidente da Comissão de Saúde. O Judiciário mato-grossense é um órgão muito sério, a competência legislativa de acompanhar e fiscalizar não é nem da Assembleia, é desta Casa! E vamos fazê-lo”, destacou o vereador.
As declarações surgiram em resposta a uma ação judicial movida pela intervenção contra Kero Kero, o vereador Sargento Vidal (MDB) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). A ação alega denúncias relacionadas ao fornecimento de suplemento alimentar como medicamento para o tratamento de broncopneumonia em crianças.
Kero Kero enfatizou que declarou que o medicamento não continha o princípio ativo necessário para tratar o que estava sendo proposto, mas negou ter afirmado que o medicamento era falso. Ele observou que a responsabilidade no Judiciário deve recair sobre aqueles que colocaram as crianças em risco.
“Fui com Vidal na Upa, detectamos que estavam em todas as Upas, fui aos postinhos e já estavam em todos. Conversei com médicos, com enfermeiros, com quem distribui remédio, que disseram: esse remédio está sendo direcionado a pacientes para tosse, catarro, expectorante, para bronquite, para pneumonia em criança, e nenhum momento se falou que isso é um suplemento alimentar, que não servia e não tinha a mesma base cientifica”, declarou o parlamentar.
Wilson Kero Kero assegurou que suas denúncias contra a intervenção não são fake news. Ele destacou que as ações de fiscalização identificaram a falta de ambulâncias, problemas na regulação que deixam os cuiabanos desassistidos e diversas denúncias de assédio moral.
"Tenho muita responsabilidade no que faço. Em vez de admitir que erram, já tentaram colocar a culpa em farmacêuticos, no CDMIC, e não assumem tamanha gravidade. Acharam melhor intimidar, de forma coercitiva, usando o Judiciário", afirmou.
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