Câmara de Cuiabá
Vereador Dilemário Alencar ainda afirmou que CPI de Medicamentos está parado há 23 dias; membro da Comissão negou
O vereador por Cuiabá, Dilemário Alencar (Podemos), cobrou nesta quinta-feira (1º.07) a retomada dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos, e afirmou que a ex-secretária de Saúde, Ozenira Félix, cometeu crime de prevaricação ao não denunciar aos órgãos de controle e fiscalização o vencimento dos remédios na rede municipal.
“Faltam 71 dias para o término da CPI dos Medicamentos vencidos, e ela não pode acabar em pizza. Faz 23 dias da última oitiva dessa CPI e ela não recomeçou os trabalhos de forma efetiva. Quero aqui cobrar a retomada dos trabalhos com a convocação da ex-secretária Ozenira, porque no meu juízo de valor ela tem muito o que explicar para essa CPI”, disse o vereador.
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Segundo ele, em reunião na Câmara a então secretaria Ozenira disse que ficou sabendo do vencimento de medicamentos em outubro de 2020, porém, mesmo assim, de acordo com Dilemário, continuou vencendo remédios.
“Nós temos amostra de fiscalização dos vereadores de medicamentos que venceram em novembro, dezembro do ano passado, janeiro, fevereiro, março deste ano. Ela ficou sabendo em outubro do vencimento e não tomou providências para sessar o vencimento. Salvo melhor juízo a ex-secretária Ozenira prevaricou. Ela ficou sabendo do vencimento dos medicamentos deixou continuar vencendo, não comunicou as autoridades competentes sobre os medicamentos, principalmente o Ministério Público, Delegacia Fazendária e ao Tribunal de Contas do Estado”, declarou o vereador.
Ainda segundo Dilemário, o proprietário da Norge Pharma Comércio de Medicamentos, Materiais Soluções em Saúde Ltda., Dirceu Luís Pedroso Júnior, e o ex-secretário de Governo de Cuiabá, Lincon Tadeu Sardinha Costa, mentiu ao prestarem depoimentos na CPI dos Medicamentos.
A Norge Pharma Comércio de Medicamentos, Materiais Soluções Em Saúde Ltda. é a responsável pela gestão de medicamentos e logística do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), local onde foram encontrados remédios vencidos por um grupo de parlamentares.
Em resposta às declarações de Dilemário, o tenente-coronel Paccola (Cidadania) que é membro titular da CPI dos Medicamentos afirmou que a Comissão não ficou parada nenhum dia, e que eles estão trabalhando na análise de documentos enfatizando que as investigações não serão exclusivamente baseadas em cima de oitivas.
“Não vamos ceder nenhum tipo de pressão de qualquer um dos lados. Nós continuaremos seguir aquilo que está planejado. Nós voltaremos a ouvir as pessoas. Acredito que uma 10 ou 12 pessoas no mínimo. Mas, elas serão interrogadas respondendo materiais nas mãos. Uns poderão ver como indiciados outro como investigados”, declarou o parlamentar.
Ele criticou as cobranças de Alencar: “Eu enquanto membro da CPI que não aceitar nem pessoas que são membros ou pessoas que não fiquem de fora falando besteira ou falando asneira a respeito disso. As vezes prefiro me calar para parecer ser idiota do que tocando tambor para louco danças. Jamais aceitaria samba do terreno que estou atuando”.
Ao final, mandou um recado: “se não puder ajudar, muito ajuda quem não atrapalha”
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