O deputado federal Valtenir Pereira (PSB), negou, por meio de nota, envolvimento no esquema de desvio de recurso do projeto de inclusão digital, o qual ele foi citado no último sábado (20.07), em reportagem do Jornal Nacional, como suspeito de tentar implantar o esquema em Mato Grosso.
De acordo com a reportagem, investigação da Polícia Federal constatou o desvio de aproximadamente R$ 1,6 milhão do programa Jampa Digital para ser usado na campanha de 2010 do atual governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) e de seu vice, Rômulo Gouveia (PSD) - suspeito de ter montado todo o esquema. A licitação foi direcionada para que a empresa Idéia Digital ganhasse o certame.
Ainda, segundo a reportagem, a Polícia Federal afirmou que a Idéia Digital, com a ajuda do deputado Valtenir, tentou montar o mesmo esquema em Mato Grosso. A empresa é suspeita de pagar R$ 235 mil como despesas de campanha do deputado mato-grossense. Vale destacar que há três anos Valtenir apresentou uma emenda para projetos de inclusão digital no Estado.
No entanto, Valtenir alegou que não tem nenhuma ligação com a empresa Ideia Digital. Na nota o deputado negou ainda, que tenha enviado emendas para Paraíba, porém, vale lembrar que em momento algum foi citado que a emenda destinada por ele seria para Paraíba, mas sim, para Mato Grosso.
Quanto às despesas de campanhas, o socialista garantiu que todas foram pagas com recursos próprio e empréstimo bancário com parcelas a serem quitadas até 2018. Além disso, ele cita que as contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, e que não houve irregularidades, e que todas as informações referentes a doadores e despesas podem ser consultadas no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Indiretamente, o deputado apontou que o fato pode se caracterizar uma perseguição política ao PSB, já que o nome do governador Eduardo Campos (PSB) ganha visibilidade para Presidência da República. “Talvez por mera “coincidência”, o fato vem num momento em que o PSB está crescendo, onde o nome do governador Eduardo Campos ganha visibilidade para Presidência da República”, diz trecho da nota.
Confira a nota abaixo:
Acerca dos fatos noticiados sobre a investigação no estado da Paraíba relativa ao projeto de internet gratuita para a população paraibana que fez referência ao meu nome, tenho a esclarecer o seguinte:
(1) Não tenho conhecimento da investigação policial e, portanto, não posso comentá-la.
(2) Não tenho nenhuma vinculação com a empresa citada na reportagem.
(3) Nunca apresentei emenda para o Estado da Paraíba ou para qualquer cidade daquele Estado.
(4) Em relação às despesas e receitas da minha campanha, informo que elas foram devidamente contabilizadas e declaradas, tendo sido as contas aprovadas pela Justiça Eleitoral, podendo a relação de doadores e das despesas ser aferida junto ao site do TSE.
(5) Parte das despesas foi custeada por recursos próprios e empréstimo bancário com parcelas a serem pagas até 2018.
(6) Meu patrimônio está devidamente declarado junto à Receita Federal e disponível no site do TSE para consulta pública.
(7) Acredito nas instituições, em especial, no Ministério Público, razão pela qual apoiei e fiz campanha pela derrubada da PEC 37 desde a primeira hora, não esperei o “clamor” das ruas para externar minha posição.
(8) Talvez por mera “coincidência”, o fato vem num momento em que o PSB está crescendo, onde o nome do governador Eduardo Campos ganha visibilidade para Presidência da República.
(9) Reafirmo que não tenho nada a ver com os fatos relacionados na investigação realizada no Estado da Paraíba.
10) Por fim, informo que estou diligenciando no sentido de conhecer o inquérito, me inteirando da situação, quando então tomarei as medidas necessárias para esclarecer todas as suposições acerca das investigações ocorridas no estado da Paraíba, de modo a preservar a minha honra, a minha família, os meus colaboradores e, principalmente, dar a satisfação necessária à população mato-grossense.
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