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Política Quarta-feira, 12 de Maio de 2021, 13:22 - A | A

Quarta-feira, 12 de Maio de 2021, 13h:22 - A | A

Operação ou chacina

Único contrário, Lúdio crítica moção de aplausos a operação que matou 28 pessoas no Rio de Janeiro

O deputado João Batista (PROS) afirmou que a moção é para parabenizar a operação, “não é moção aplauso as mortes que tiveram lá”.

Adriana Assunção/VGNotícias

Reprodução/Vídeo

VG Notícias; VGN; Lúdio Cabral; deputado estadual; eleições 2022; Lula; PT; Mato Grosso

Deputado Lúdio Cabral (PT)

 

Os deputados aprovaram na sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) desta quarta-feira (12.05), uma moção de aplausos à Polícia Civil do Rio de Janeiro, responsável pela operação na favela do Jacarezinho.

A proposta, de autoria do deputado estadual Xuxu Dal Molin (PSC), foi criticada pelo deputado Lúdio Cabral (PT). Lúdio citou ainda, que alertou que a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou uma investigação à parte sobre o caso.

“É inaceitável que a Assembleia aprove uma moção de aplauso dessa natureza, porque sob qualquer ponto de vista se trata de uma operação fracassada, desastrosa e muito provavelmente criminosa. Vamos para os números dessa operação, havia 21 pessoas investigadas por aliciar menores para o tráfico de drogas e a entrada era para deter 21 pessoas, dessa lista, três foram detidas e outras três foram mortas, as outras 15 não se o aconteceu com elas, muito provavelmente fugiram. A ação policial terminou com 29 vítimas, portanto, 23 pessoas que não eram objeto de qualquer investigação. Há corpos ainda não identificados, 13 dos mortos não tinham qualquer relação com a investigação, além disso, há vários feridos por estilhaços durante a operação”, reclamou o deputado que foi voto vencido.

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Ao defender a honraria, o deputado João Batista (PROS) afirmou que a moção é para parabenizar a operação, “não é moção aplauso as mortes que tiveram lá”. Ele relatou sobre o risco de um policial quando vai para uma operação e afirmou: "Quando se adentra em um ambiente confinado não sabemos o que vai acontecer."

Segundo a Polícia do Rio, dos 28 mortos na operação do Jacarezinho, 25 tinham passagens pela polícia. Os outros dois - um deles, menor de idade - estavam envolvidos com o tráfico de drogas, segundo depoimentos das famílias.

 

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