A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, realiza nesta terça-feira (13.12) o reinterrogatório do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, do ex-secretário de Administração, César Zílio, e do ex-secretário adjunto de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro, na ação penal relativa a terceira fase da Operação Sodoma.
De acordo com os autos, César Zilio deve esclarecer fatos ligados à compra de terreno na avenida Beira Rio, em Cuiabá, por mais de R$ 13 milhões, com suposto dinheiro de propina oriundo de empresas que mantinham contratos com o Estado.
Riva deve falar do recebimento de propina, no valor de R$ 2 milhões, do empresário e delator do esquema, Williams Mischur (dono da empresa Consignum), ligado a uma suposta dívida do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O ex-governador estava devendo Riva referente a uma cota na aquisição de uma fazenda no município de Colniza, localizado a 1.065 km de Cuiabá.
Também estão previstos o depoimento de Robinson Aparecido Venturini, Wilson Gambogi Pinheiro Taques, Luiz Heraldo Medeiros de Carvalho e Érica Marques Siqueira Silva.
Atualizada às 14h38 - A promotora de justiça, Ana Cristina Bardusco Silva, solicita que a juíza anule o reinterrogatório de Riva e do ex-secretário adjunto de Administração, José Nunes Cordeiro. Bardusco entende que processo possa seguir seu trâmite normal sem um novo depoimento de Riva e José Nunes.
Atualizada às 14h54 - A juíza Selma Rosane Arruda decidiu adiar para o dia 13 de janeiro de 2017 o prosseguimento dos depoimentos das testemunhas arroladas pelo empresário de Várzea Grande, Antônio Roni de Liz, proprietário da Gráfica de Liz e da empresa Penta Locações.
O empresário arrolou como testemunhas Robinson Aparecido Venturini, Wilson Gambogi Pinheiro Taques, Luiz Heraldo Medeiros de Carvalho e Érica Marques Siqueira Silva. Porém, apenas Luiz Heraldo foi ouvido, e outras testemunhas sequer foram encontradas. Diante disso, a magistrada adiou os depoimentos.
Entenda - Roni, foi denunciado pelo Ministério Público na 4º fase da Operação Sodoma, ao lado do ex-prefeito Walace Guimarães (PMDB), e do empresário Evandro Gustavo Pontes – dono da empresa Intergraf, por supostamente de participar do grupo criminoso chefiado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que praticou esquema de corrupção no governo do Estado.
Segundo o MP, Roni e Evandro teriam repassado R$ 2 milhões ao grupo de Silval Barbosa para auxiliar a levantar fundos para custear a campanha de Walace a prefeito de Várzea Grande em 2012.
A denúncia cita que os cheques de Roni e de Evandro Gustavo, teriam sido usados como parte de pagamento na compra de um terreno na avenida Beira Rio, em Cuiabá, por parte do ex-secretário de Administração, César Zílio.
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