O deputado estadual, Paulo Araújo (PP), disse em entrevista ao oticias No Ar que o governador Mauro Mendes (DEM) precisa fazer um “pente fino” nos incentivos fiscais concedidos às empresas privadas de diversos ramos, que segundo ele, geram anualmente renúncia de receita de mais de R$ 4 bilhões aos cofres públicos.
“Nós precisamos fazer um pente fino nos incentivos fiscais até porque houve denúncia do ex-governador Silval Barbosa e do ex-secretário Pedro Nadaf que ocorreram pagamento de propina para aprovar e manter os incentivos”, declarou o parlamentar ao defender investigações na concessão dos incentivos fiscais.
Segundo ele, o governador Mauro Mendes (DEM) precisa rever todos os incentivos e solicitar apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, Ministério Público Estadual, Delegacia Fazendária, Tribunal de Contas do Estado e Secretaria de Fazenda do Estado para apurar as irregularidades.
“Tem que fazer um serviço de inteligência com estes órgãos e fazer blitz para pegar essas pessoas. Não posso falar nomes até porque tem que provar. Mas, corre a boca pequena que pessoas do setor do agronegócio e industrial que estão cometendo estas ilicitudes. Tem que pegar estes malandros que estão aí no Estado. Tem que ir para cima. Colocar os aparatos para detectar os sonegadores”, disse Araújo.
O deputado ainda afirmou que espera que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal, de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), auxilie na investigação de quem são os sonegadores de impostos em Mato Grosso.
Taxação do agronegócio – O deputado Paulo Araújo afirmou ser favorável a taxação do agronegócio, principalmente pelo fato que o setor “lucrou muito” nos últimos enquanto que a população mato-grossense sofre com desemprego e falta de investimento nas cidades.
“É preciso taxar o agronegócio. O agronegócio ganhou muito dinheiro, lucrou muito nos últimos anos. Nós temos algumas ilhas de prosperidade em Mato Grosso, mas este recurso é mal distribuído, a Baixada Cuiabana está sofrendo muito com desemprego, falta de investimento”, pontou o parlamentar.
Além disso, ele acrescentou: “Precisamos taxar quem tem gordura para taxar. Precisamos fazer isso para que o Estado possa recuperar sua capacidade de investimento, sendo quase toda ela está comprometida com custeio”.
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