O senador Jayme Campos (DEM) disse que caso o projeto de lei do Governo, que propõe a reinstituição dos incentivos fiscais e uma minirreforma tributária, persista na criação de uma cobrança de 7% de ICMS, na carne comercializada no Estado, os frigoríficos podem "quebrar".
Jayme que é produtor agropecuário em Mato Grosso, garante que caso realmente seja cobrado este percentual a categoria terá muita dificuldade para permanecer ativa.“Não conheço o projeto, mas não cabe no bolso os 7%, fica pesado, muitos terão dificuldades para seguirem. E com certeza alguém terá que pagar essa conta”, avisa.
No início da semana, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), usou o plenário da audiência pública que debatia o assunto, para falar que o senador é contra o projeto, e teria dito que os frigoríficos irão quebrar em Mato Grosso, e não restaria um para narrar a história. Minimizando o discurso do tucano, Jayme reforçou que não conhece o projeto, mas pontuou que os problemas podem surgir para os produtores, caso seja cobrada essa taxa. Isso porque, o percentual é muito alto para os frigorificos se manterem.
“Não conheço o projeto, mas vejo que essa taxa não cabe no bolso do produtor. Com certeza complica para os frigoríficos”, destaca o senador.
Atualmente, segundo dados do Sindicato Rural de Cuiabá, Mato Grosso fica apenas com 10% do que é produzido pelo setor e os outros 90% são exportados, e o setor não paga nada de imposto na carne comercializada no Estado, e caso não seja modificada essa proposta, deve onerar para os pecuaristas que já vivem com uma rentabilidade negativa.
Representantes da categoria se reuniram com o governador Mauro Mendes (DEM) durante a semana e ficou acertado para que encaminhem as sugestões para possível alteração no projeto. Jayme acredita que o gestor terá a sensibilidade de analisar os argumentos dos produtores e trabalhar o valor dos 7%. “O governador saberá conversar com os setores produtivos e chegar em uma melhor proposta”, conclui.
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