As revelações do presidente da Câmara de Várzea Grande, Waldir Bento da Costa (PMDB), à Rádio Mix, em Cuiabá, nesta quinta-feira (27.02), de que havia sido chantageado por vereadores quando foi afastado da Presidência da Câmara, em 2013 - expuseram as vísceras da Casa de Leis - e causaram desconforto aos colegas de parlamento. Clique aqui e confira matéria e áudio sobre declarações.
Sem citar nomes, Waldir afirmou que foi chantageado por vereadores – e classificou como armação para tirá-lo da Presidência da Casa. O afastamento de Bento foi requerido em 23 de outubro de 2013, pelo vereador do PTC, Fábio Saad.
Irritado com as acusações de Waldir, o vereador Fábio Saad disse à reportagem do VG Notícias que nunca fez nenhuma chantagem a ele (Waldir Bento) - e não tem “rabo preso” com ninguém. Ele disse ainda, que faltou “peito” para os colegas cassarem o presidente da Câmara – pois foram detectados, na oportunidade, servidores fantasmas e nepotismo.
“Por mim teriam cassado Waldir, pois foi encontrado que nunca apareceram na Câmara e parente do Waldir. Os documentos que compravam isso ficaram com a Comissão na época. E se houve chantagem, ele tem que denunciar, porque é crime e dizer nomes. Assim ele está generalizando e terá que provar. Pois vou requerer explicação na próxima sessão”, disse Saad.
Já o vereador Pedro Paulo Tolares – popular Pedrinho (Solidariedade), que presidiu a Comissão Parlamentar de Investigação, na época, afirmou à reportagem do VG Notícias, que o grupo que ele fazia parte não fez chantagem – “se houve chantagem foi por parte do grupo dos setes que compõe a coligação que se elegeu com o prefeito Walace Guimarães”, afirmou.
Pedrinho usou um jargão para definir como os grupos agem na Câmara de Várzea Grande “uns matam a onça e outros é que vendem o couro”.
Apenas três parlamentares votaram contra o afastamento de Waldir: Pery Taborelli (PV), Gordo Goiano (PTB) e Miriam Pinheiro (PHS). Já João Madureira (PSC), Sumaia Leite (PRB) e Joaquim Antunes se abstiveram de votar.
Entenda o caso - O vereador Fábio Saad (PTC) protocolou em 23 de outubro de 2013, pedido de afastamento do peemedebista da Presidência da Mesa Diretora. A denúncia que culminou no afastamento de Bento do cargo - foi baseada no inquérito cível público instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio da promotora de Justiça, Valnice Silva dos Santos, para investigar suposta contratação ilegal de servidores para prestarem serviço para a Casa de Leis por parte do presidente.
Sete vereadores votaram favoráveis, três contra e cinco abstiveram de votar. Favoráveis pelo afastamento foram: Wanderley Cerqueira (PSD), Pedro Paulo Tolares (PSD), Leonardo Mayer (PROS), João Tertuliano (DEM) – Joãozito, Hilton Gusmão (PROS), Claído Celestino – popular Ferrinho (PROS) e Nana (DEM). Os contra o afastamento foram: Pery Taborelli (PV), Gordo Goiano e Miriam Pinheiro (PHS). Já João Madureira (PSC), Sumaia Leite (PRB) e Joaquim Antunes se abstiveram de votar. E também contabilizou como abstenção os votos de Fábio Saad (denunciante) e Waldir Bento (denunciado). Os demais vereadores não compareceram na sessão desta quarta.
Waldir Bento foi afastado das funções de presidente por 180 dias - em seu lugar assumiu Leonardo Mayer (PROS), primeiro vice-presidente da Casa.. A comissão foi formada pelo Pedro Paulo Tolares - popular Pedrinho (presidente) relator, Hilton Gusmão e membro, João Tertuliano (DEM) – Joãozito.
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