O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) efetuou 50 tiros de fuzil em direção à viatura da Polícia Federal e ainda arremessou três granadas contra os agentes no último domingo (23.10). As informações constam em inquérito aberto para apurar a tentativa de homicídio do político contra os agentes.
No documento, com 27 páginas, cita que três agentes chegaram na casa de Jefferson, em Comendador Levy Gasparian [Estado do Rio de Janeiro], por volta das 12 horas para prender o ex-deputado. No entanto, ele resistiu à prisão e disparou contra os policiais e também jogou granadas. A agente Karina Lino Miranda e o delegado Marcelo André Vilella ficaram feridos, sendo levados ao pronto-socorro, atendidos e liberados no mesmo dia.
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O documento traz a prisão em flagrante do ex-deputado, assim como o depoimento dele e de quatro policiais, sendo um deles o agente Vinicius de Moura Secundo – responsável por negociar a rendição do Jefferson.
No depoimento da agente Karina a mesma relatou o momento de tensão da casa do político e que não percebeu quando foi atingida pelos estilhaços da granada na cabeça. Segundo ela, em um determinado momento o agente Daniel Queiroz Mendes disparou contra Roberto Jefferson revidando a injusta agressão.
O delegado Marcelo André Vilella relatou que o ex-deputado logo que avistou os policiais afirmou que não iria se entregar e em seguida, na sacada da residência, lançou uma granada na direção dos agentes, sacando um fuzil em seguida e efetuou diversos disparos. Marcelo revelou que começou disparar contra o político assim que ouviu Karina dizer que havia sido atingida.
O agente Daniel Queiroz Mendes confirmou a versão contada pelo delegado Marcelo, e disse que apenas atiraram contra o ex-deputado no momento em que ouviram que a agente Karina gritou que havia sido atingida pelos disparos. Ainda segundo ele, foi cunhado de Roberto Jefferson que socorreu o trio de policiais e os levou até a unidade de saúde.
O ex-deputado Roberto Jefferson reafirmou sua versão de que não disparou para atingir os policiais e que apenas focou em atingir a viatura, e que se quisesse matar os agentes poderia ter feito pois, segundo o político, “matava os policiais, pois estava em posição superior e com fuzil com mira; que teve os policiais na mira do reddot”. Além disso, confessou que tem muita munição em sua casa, que possui mais de 25 armas, porém, não tem porte de arma desde que foi cassado pela Justiça, mas que assim mesmo conseguiu adquirir as armas no mercado de forma legal.
O ex-deputado relatou que efetua mais de 500 tiros por semana, assim como frequenta competições e clube de tiros, e que sempre acompanha o mercado para comprar munições de diversos calibres e estocar em casa para treinar.
Lembrando que a Polícia Federal indiciou Roberto Jefferson por quatro tentativas de homicídio.
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