O ex-servidor da Câmara de Várzea Grande, Benedito Carmindo das Chagas, procurou à reportagem do VG Notícias e reiterou que nunca trabalhou no gabinete da ex-vereadora, atual suplente, Isabela Guimarães (PSD) em 2011. O fato faz parte de uma ação civil por ato de improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público do Estado contra Isabela, e os vereadores Maninho de Barros (PSD) e Wanderley Cerqueira (PSD). Confira a matéria relacionada.
“Nuca fui servidor de Isabela. Eu nunca trabalhei com essa vereadora. Eu nem conhecia ela direito. Eu nunca fui funcionário fantasma na Câmara, eu trabalhava de guarda”, disse o ex-servidor.
Benedito contou à reportagem, que era cabo eleitoral do vereador Chico Curvo (PSD) e, diante das dificuldades enfrentadas no dia-a-dia, procurou Curvo para pedir emprego, este por sua vez, pediu para Maninho e Cerqueira enquadrá-lo em alguma função na Casa de Leis. Foi então, que nomearam Benedito como guarda da Câmara, para ele desempenhar a função de vigilante nos finais de semana e no feriado.
Ele declarou que só teve conhecimento que era servidor da então vereadora Isabela Guimarães, dias antes de prestar depoimento na Delegacia Fazendária.
“Eu fui pego de surpreso ao saber que era funcionário de Isabela. Eu fui à Câmara para assistir sessão e uma funcionária me informou que havia no gabinete do vereador Maninho (que na época era presidente da Casa de Leis) que havia uma intimação da Polícia Fazendária contra mim. No outro dia, fui até a Delegacia Fazendária e lá que descobri que era funcionário da Isabela”, relatou Benedito.
Conforme ele, o fato acabou com sua vida. “A minha vida foi destruída por eles (vereadores Isabela, Maninho e Wanderley), eu sou pai de família. Sou pobre na verdade, mas sou uma pessoa de bem, mas devido a isso as pessoas vão me conhecer como se fosse bandido, por causa de um crime que eu não pratiquei, que eu não sabia que estava envolvido nele. Espero que a Justiça reveja, porque eu não posso pagar por um crime que eu não cometi. Se os vereadores que causaram isso aí, eles que tem que pagar”, declarou Chagas.
Além disso, ele denunciou a reportagem do VG Notícias que por duas vezes, quase foi agredido na Câmara, pelo vereador Wanderley Cerqueira (PSD), devido ele (Benedito) em depoimento na Polícia Fazendária, ter dito que nunca foi assessor parlamentar, mas sim, guarda da Câmara.
“O vereador Wanderley Cerqueira queria me espancar. Ele queria bater em mim de murro lá no gabinete da Presidência. Ele queria dar murro na minha cara. Ele só não bateu em mim porque o vereador Chico Curvo não deixou”, relatou Benedito.
Benedito disse ainda que irá à Justiça para que os vereadores reparem o erro que cometeram - e vai pedir indenização por danos morais.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).