O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deve reunir com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, com a Procuradoria Geral da União e com o Tribunal de Contas da União (TCU) na próxima semana para apresentar um relatório completo sobre o caos que se instalou na saúde pública da capital mato-grossense durante a gestão do gabinete de intervenção do Estado. A audiência é articulada pelo deputado federal Emanuelzinho (MDB).
O prefeito fez um apelo para que a população esteja ciente do que está acontecendo. Entre os pontos críticos, Emanuel cita a questão dos indenizatórios, que virou alvo de CPI na Câmara de Vereadores após sua denúncia em vários órgãos.
“Denunciei essa situação na Assembleia, e a denúncia foi acolhida. O Ministério Público está investigando um desvio de R$ 190 milhões em seis meses de mandato, incluindo os seis meses de intervenção. É importante destacar que, durante esses seis meses de intervenção, os gastos com saúde foram os mesmos que no meu mandato anterior. Isso sugere que o problema não estava na gestão, mas na falta de financiamento e recursos. Além disso, receberam um adicional de R$ 70 milhões do estado, enquanto eu nunca recebi um centavo do estado durante o meu mandato”, protestou.
Pinheiro também irá discutir o fechamento de hospitais regionais essenciais, como Alta Floresta, Colíder e Metropolitano, que tiveram serviços suspensos, prejudicando a assistência médica em toda a região. O prefeito também manifestou preocupação em razão dos atrasos de salário de três a quatro meses enfrentadas pelos médicos do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
“Agora, a pergunta que fica é: eles querem me devolver essa situação de caos? Parece que estão planejando uma bomba de efeito retardado que explodirá em março ou abril, possivelmente para tentar prejudicar minha posição política ou um candidato de minha escolha. Isso é inaceitável, pois não estão considerando a responsabilidade com a população que depende do SUS”, criticou.
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