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Política Segunda-feira, 02 de Março de 2020, 13:46 - A | A

Segunda-feira, 02 de Março de 2020, 13h:46 - A | A

APÓS DECLARAÇÕES DE SILVAL

Prado diz que orientou Silval a gravar e denunciar deputados; vereador acusa MP de ter sido omisso

Procurador nega omissão e disse que não providenciou investigação por Silval não ter formalizado denúncia

Lucione Nazareth & Adriana Assunção/VG Notícias

O procurador de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, por meio de nota, afirmou que realmente orientou o ex-governador Silval Barbosa a gravar os deputados estaduais na época da suposta extorsão, como forma de provar a chantagem sofrida, mas nega omissão na apuração do caso.

Leia Mais -  Silval diz que Paulo Prado sabia da cobrança de propina e não tomou nenhuma atitude 

Segundo a nota, Prado e Silval teriam se encontrado durante uma audiência de caráter institucional no gabinete do então governador, e que nela em determinado momento o gestor afirmou que não estava mais suportando as pressões feitas pelos deputados estaduais, que solicitavam pagamento de propina para aprovar projetos de obras para a Copa do 2014 em Cuiabá.

“Em resposta, sugeri que o então governador se reunisse com sua assessoria direta e com a área de inteligência do Governo e preparasse uma representação formal detalhada da suposta chantagem que estaria sofrendo, inclusive informando os nomes dos parlamentares que exigiam propina”, disse o procurador na nota.

Além disso, ele orientou Silval a gravar os deputados: “Sugeri também, inclusive, que na condição de vítima, ele poderia gravar as supostas tentativas de extorsão e então encaminhar o material ao Ministério Público Estadual para as devidas providências”, contou Prado. Confira íntegra da nota no final da matéria.

Porém, o ex-governador não teria encaminhado qualquer tipo de documento ao Ministério Público para formalizar uma denúncia para que desta forma o órgão ministerial pudesse apurar o caso.

Vereador acusa MP - Por outro lado, o vereador de Cuiabá, Dilemário Alencar (PROS) afirmou que o Ministério Público foi omisso por não ter apurado o suposto recebimento por parte de deputados estaduais.

“Até hoje o Ministério Público, por parte dos seus componentes, a gente não ver uma iniciativa forte para revelar esse escabroso escândalo que o recebimento de propina por parte de deputados para não investigar a qualidade das obras. Veja só fruto destas obras inacabadas: VLT, Arena Pantanal. Precisamos que isso venha à tona e que realmente o Ministério Público seja parceiro da sociedade e venha ajudar a CPI do Paletó a esclarecer este caso”, disse o parlamentar ao final do depoimento de Silval que afirmou que solicitou ajuda do MP na tentativa de não pagar a propina.

Alencar ainda falou sobre a grau de parentesco entre Emanuel Pinheiro e o procurador de Justiça, Paulo Prado, que segundo Silval, o membro do MP sabia das propinas pagas aos deputados, porém, não adotou nenhuma providência.  

“Não quero fazer nenhuma ilação. Mas, se comenta muito sobre grau de parentesco do atual prefeito e este promotor. O correto é que este promotor deveria se julgar suspeito em qualquer iniciativa de investigação por parte do atual prefeito. Quero cobrar uma resposta da sociedade. Até hoje não apurou este caso”, declarou o vereador.

 

Confira nota de Paulo Prado na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO 

Com relação à afirmação feita pelo ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, em depoimento à chamada “CPI do Paletó” nesta segunda-feira (02/03), na Câmara Municipal de Cuiabá, de que teria solicitado ajuda ao Ministério Público Estadual, por intermédio do então procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, porque estaria sofrendo, durante sua gestão, chantagem de deputados estaduais para que projetos de obras da Copa do Mundo de 2014 fossem aprovados pela Assembleia Legislativa, o Procurador Paulo Prado tem a esclarecer o seguinte:

“Ainda na gestão do ex-governador, durante uma audiência de caráter institucional no Gabinete do Palácio Paiaguás, Silval Barbosa, fugindo da pauta, em determinado momento afirmou que não estava mais suportando as pressões feitas pelos deputados estaduais, que solicitavam pagamento de propina para aprovar projetos de obras para a Copa do 2014 em Cuiabá.

Em resposta, sugeri que o então governador se reunisse com sua assessoria direta e com a área de inteligência do Governo e preparasse uma representação formal detalhada da suposta chantagem que estaria sofrendo, inclusive informando os nomes dos parlamentares que exigiam propina. Sugeri também, inclusive, que na condição de vítima, ele poderia gravar as supostas tentativas de extorsão e então encaminhar o material ao Ministério Público Estadual para as devidas providências. Entretanto, o senhor Silval Barbosa nunca encaminhou qualquer tipo de documento ao MP para formalizar uma denúncia e solicitar a atuação ministerial.”

Paulo Roberto Jorge do Prado
Procurador de Justiça

Ministério Público de Mato Grosso

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