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Política Quinta-feira, 03 de Janeiro de 2019, 08:00 - A | A

Quinta-feira, 03 de Janeiro de 2019, 08h:00 - A | A

Poder Judiciário de MT

Perri é contra congelamento do duodécimo e diz que TJMT já deu sua cota de sacrifício

Edina Araújo & Gislaine Morais/VG Notícias

VG Notícias

Orlando Perri

 

O desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, representou o Poder Judiciário de Mato Grosso na solenidade de posse dos secretários de Estado, nessa terça-feira (01.01), e falou com a imprensa sobre o repasse do duodécimo e também sobre o caso dos grampos ilegais. Perri defende a manutenção da harmonia entre os dois Poderes (Executivo e Judiciário) e diz que é preciso aguardar que o novo governador arrume as finanças do Estado.

Segundo ele, o Tribunal de Justiça tem créditos para receber junto ao executivo, mas, sabe que isso não se dará da noite para o dia - e será necessário aguardar que Mauro Mendes consiga reestabelecer a ordem econômica do Estado que passa por uma grave crise. “Nós acreditamos que no máximo em dois anos estaremos com as finanças regularizadas. Então poderemos trabalhar com certa facilidade para implementar nossas ações no Poder Judiciário. Dependemos do nosso orçamento, e o nosso orçamento está muito acanhado”, avaliou.

Orlando Perri deixou claro que não fala em nome do presidente do Tribunal de Justiça, mas diz que o Judiciário precisa se expandir, pois o número de processo só aumenta, principalmente nesta época de crise. “Nesta época, o número de devedores aumenta, a criminalidade aumenta, então o Judiciário vai ter que estar preparado para enfrentar essa avalanche de processos que são acrescentados ano a ano, e para isso precisaremos de recursos orçamentários e financeiros”, opinou o desembargador.

O magistrado não concorda com o congelamento do duodécimo e diz que o Tribunal de Justiça já deu sua cota de sacrifício. Segundo ele, o Estado precisa sobrepor essa crise financeira que está enfrentando, pois, o duodécimo já está congelado há algum tempo e assim não dá para ficar.

“Eu não concordo porque o Poder Judiciário, veja só, eu não sou presidente do Tribunal de Justiça estou falando a opinião pessoal de um membro do Tribunal de Justiça, não falo pelo presidente do TJ e nem pela administração, quero deixar muito bem claro isso, mas eu como membro do TJ digo que nós já demos nossa cota de sacrifício, nós já estamos com nosso orçamento congelado há algum tempo e não podemos continuar com esse orçamento congelado. Nós sabemos e temos a consciência que o Estado precisa sobrepor essa crise financeira que está enfrentando”, enfatizou o desembargador.

Questionado sobre a ‘troca de farpas’ com o ex-governador Pedro Taques por conta das investigações de interceptações telefônicas ilegais – Orlando Perri disse que não houve embates entre os Poderes. “Não vejo que isso tenha criado embates entre os Poderes, isso é natural numa democracia, houve uma denúncia de crime de interceptação telefônica e, evidentemente que o estado democrático de direito impõe a investigação de toda e qualquer denúncia envolvendo ilícitos penais. Por obra divina, sei lá, designo de Deus, a relatoria desse caso coube a mim e eu sempre procurei conduzir essas investigações de uma maneira bem tranquila, sóbria e serena para que possamos respeitar os direitos fundamentais das pessoas investigadas e chegar à apuração da verdade dos fatos, mas jamais tivemos qualquer embate contra os Poderes. Eu mesmo nunca troquei farpas com ninguém, pelo contrário, durante toda investigação eu procurei evitar declarações à imprensa e todas as minhas manifestações foram jurídicas e nos processos”, afirmou Perri.

Ainda segundo ele, caso retorne a relatoria das investigações, irá conduzi-la com muita responsabilidade e com observância dos direitos fundamentais. “Nós estávamos bem avançados nas investigações, e segundo os delegados afirmaram na época, que estavam prestes a solucionar a questão dos grampos, mas houve uma ordem superior e as investigações foram avocadas e nós não sabemos em que estágio elas se encontram. Mas, se elas retornarem para minha relatoria eu darei a mesma condução que vinha dando com muita responsabilidade e com observância dos direitos fundamentais”, afirmou o desembargador.

Indagado sobre as expectativas sobre o novo Governo, Perri disse que foi eleitor e votou no governador Pedro Taques e depositou nele uma grande esperança - e que agora nasce uma nova esperança com Governo Mauro Mendes.  “Eu estou cheio de expectativas em relação não só ao Governo Bolsonaro, mas também com o Governo do Mauro Mendes. Nós temos uma grande esperança, nasce uma nova esperança, eu confesso que fui eleitor e votei no governador Pedro Taques e depositei nele uma grande esperança, todos nós depositamos uma grande esperança, então nasce uma nova esperança com o Governo Mauro Mendes, e eu falo como cidadão que Mauro Mendes tem tudo para reestruturar financeiramente nosso Estado. Mauro fez uma grande gestão junto à Prefeitura municipal e tem uma experiência larga na iniciativa privada e está escolhendo todo seu secretariado com perfil bastante técnico e eu tenho absoluta certeza que nós vamos sair da crise na governança do Mauro Mendes”.

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