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Política Quarta-feira, 21 de Maio de 2014, 17:30 - A | A

Quarta-feira, 21 de Maio de 2014, 17h:30 - A | A

Negociação Escusa

Negociação de vaga no TCE é antiga; Éder já havia revelado “esquema” em 2012

Já naquela oportunidade, Moraes expôs que havia concedida algumas entrevistas sobre o assunto (TCE) - e não queria ficar no prejuízo. Segundo ele, já havia negociado e antecipado parte de pagamento pela vaga de conselheiro.

por Edina Araújo & Lucione Nazareth/VG Notícias

A negociação da vaga de conselheiro para o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo, no Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT), não era segredo entre os políticos de Mato Grosso.

Em abril de 2012, a reportagem do VG Notícias escreveu sobre um episódio que ocorreu durante comemoração de aniversário do deputado Emanuel Pinheiro (PR), em sua residência, confidenciado por uma fonte. Alguns parlamentares convidados do reprublicano, aconselharam o ex-secretário da Secopa, Éder Moraes, a não criar confusão pela vaga de conselheiro do TCE. Eles argumentaram na época, que a Secopa, pasta ocupada por Moraes, tinha visibilidade e ele (Éder) tinha poder e que não era o momento de criar caso pela vaga de Sérgio Ricardo. Clique aqui e confira matéria relacionada.

Já naquela oportunidade, Moraes expôs que havia concedida algumas entrevistas sobre o assunto (TCE) - e não queria ficar no prejuízo. Segundo ele, já havia negociado e antecipado parte do pagamento pela vaga de conselheiro.

Exoneração: Uma semana após Éder Moraes expor a negociação pela vaga na imprensa, o governador Silval Barbosa teria sido pressionado pelo presidente do TCE, na época José Carlos Novelli, para exonerar Éder do cargo. A exoneração de Eder ocorreu em 17 de abril de 2012, depois que Silval se reuniu com o Novelli, com o conselheiro Alencar Soares e com o então presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD).

O motivo da exoneração teria sido a “plantação” de uma matéria por parte de Éder Moraes no jornal Circuito Mato Grosso, que revelava uma suposta negociação de uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, pelo valor de R$ 12 milhões. E que Sérgio Ricardo teria negociado com Alencar Soares.

Outro lado - O ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) não quer se pronunciar sobre as investigações da Polícia Federal que aponta - que ele teria supostamente comprado a cadeira no TCE - com dinheiro de instituições financeiras clandestinas.

A assessoria do TCE informou ao VG Notícias, que o conselheiro não irá falar sobre o caso e recomendou apenas dizer que ele (Sérgio Ricardo) está colaborando com as investigações da PF.

Negociação - A Polícia Federal aponta que Sérgio Ricardo teria pagado R$ 4 milhões para ficar com a cadeira do ex-conselheiro do Tribunal, Alencar Soares. Ricardo assumiu vaga de conselheiro em maio de 2012. De acordo com a PF, documentos apreendidos indicam que o ex-governador – hoje como senador Blairo Maggi (PR), teria juntamente com instituições financeiras clandestinas, viabilizado recursos para o pagamento da vaga do ex-deputado republicano.

A Polícia Federal aponta ainda, que outros deputados estaduais, na época do fato, teriam recebido dinheiro para aprovar, em plenário, a indicação de Sérgio para o TCE.

Nessa terça-feira (21.05) Sérgio Ricardo teve sua residência e seu gabinete, na sede do TCE, alvo de busca e apreensão da Polícia Federal por meio da Operação Ararath. A casa do ex-conselheiro Alencar Soares, que reside em Barra do Garças (508 km de Cuiabá), também teve sua casa vasculhada pela PF.

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